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Combustíveis podem subir mais 10% em Angola

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, prevê a necessidade de subir os preços dos combustíveis no país em dez por cento, para reduzir os custos em subsídios públicos, depois de dois aumentos em 2014.

Combustíveis podem subir mais 10% em Angola
Notícias ao Minuto

11:33 - 02/02/15 por Lusa

Economia Notícias

Numa altura em que o Governo angolano prepara a revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2015, estimando perder 14 mil milhões de dólares (12,4 mil milhões de euros) de receitas fiscais com a quebra na cotação do petróleo, o dirigente empresarial defendeu, em declarações à Lusa, que essa descida deve ser aproveitada pelo país.

"A Sonangol [empresa pública da área dos combustíveis] vai ter de renegociar melhores preços. Se reduzirmos o preço de importação, menos sacrifícios a economia vai ter de fazer", sustentou José Severino.

Em 2013, de acordo com dados do Ministério das Finanças, o Estado transferiu 552,9 mil milhões de kwanzas (4,7 mil milhões de euros) para subsidiar os combustíveis, o equivalente a 12% da despesa total do mesmo ano.

Apesar de ser o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, Angola necessita de importar combustíveis devido à reduzida capacidade de refinação. Para manter os preços baixos, o Estado destina subvenções à operação, que só em 2015 devem custar às contas públicas mais de 3 mil milhões de euros.

Contudo, se a atual quebra na cotação internacional do barril de crude - mais de 50% em cerca de seis meses - afeta as receitas fiscais com a exportação do petróleo angolano, também deve beneficiar as importações de combustíveis.

"Devemos analisar os custos no mercado internacional. Não é assim tão linear, mas estando a baixar os preços do petróleo bruto, podemos ter uma redução do preço dos combustíveis", assegurou o dirigente.

Cada litro de gasóleo em Angola custava no ano passado 40 kwanzas e o de gasolina 50 kwanzas, depois de as últimas atualizações terem sido feitas em 2010. Contudo, após dois aumentos, entre setembro e dezembro últimos, os preços - que são tabelados pelo Estado - subiram para os atuais 60 kwanzas (51 cêntimos de euro), no gasóleo, e 90 kwanzas (77 cêntimos de euro), na gasolina.

"Acreditamos que ainda é preciso um aumento de mais 10%, para reduzirmos o défice fiscal. Mas também o mau uso dos combustíveis e o contrabando, que tem muito peso na nossa economia", afirmou o porta-voz dos industriais angolanos.

Ainda assim, para a AIA, setores como a pesca e a agricultura devem ter acesso a combustíveis subsidiados.

Perspetivando dificuldades para 2015, face à quebra na cotação do petróleo e das consequentes receitas fiscais, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, apontou na sua mensagem de ano novo que o corte dos subsídios aos preços de combustíveis é uma das reduções necessárias nos gastos do Estado.

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