Ajustamento é para "vários anos independentemente do partido"
O antigo chefe da missão do FMI a Portugal, Subir Lall, afirmou hoje que o processo de ajustamento vai "tomar vários anos independentemente do partido no poder", admitindo que as políticas económicas podem ser influenciadas pelo aproximar das eleições.
© Reuters
Economia FMI
Em conferência de imprensa sobre o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) à primeira monitorização pós-programa de ajustamento, Subir Lall afirmou que a redução de desequilíbrios "é um processo que vai levar vários anos independentemente do partido político que estiver no poder".
No documento, a instituição liderada por Christine Lagarde adverte que as eleições legislativas deste ano vão dificultar os consensos em torno das reformas necessárias para o país, criticando os "sinais já visíveis de período pré-eleitoral" e antecipando "a tentação de optar por políticas populistas".
Questionado sobre esta conclusão, Subir Lall afirmou que há um "momento de abrandamento" das reformas estruturais, mas que elas continuam a ser necessárias porque "o benefício [que delas pode decorrer] ainda não foi alcançado".
"O que estamos a dizer é que o contexto importa para a criação de políticas económicas", afirmou o chefe da missão do FMI em Portugal.
A primeira missão pós-programa decorreu entre 28 de outubro e 04 de novembro de 2014, altura em que os técnicos do FMI e da Comissão Europeia estiveram em Portugal, cumprindo a primeira de várias visitas regulares que se vão realizar até que o país devolva a maioria dos empréstimos concedidos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com