Serão os EUA e a Europa ainda capazes de agir em crise mundial?
De acordo com as opiniões de vários analistas, o outrora ‘todo-poderoso’ eixo-transatlântico (EUA e União Europeia) está numa fase de “fragilidade” tal que poderá não ser capaz de responder a uma situação de emergência mundial. Segundo indica o Diário Económico, esta situação deve-se ao fim do mandato de Obama, nos EUA, e aos conflitos entre o Norte e o Sul da Europa.
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Economia Analistas
Sociólogos, diplomatas e politólogos manifestam preocupação quando se fala em riscos à escala mundial, conta o Diário Económico. A pergunta que não quer calar é: está o poderoso eixo-transatlântico (EUA e União Europeia) capaz de uma resposta eficaz no caso de uma crise mundial?
Estas dúvidas começam a surgir, conta a mesma publicação, no clima de instabilidade política e social que verifica nos dois lados do Atlântico: a União Europeia (UE) está cada vez mais frágil e, nos Estados Unidos (EUA), o mandato do seu presidente – Barack Obama – está a chegar ao fim.
“A radicalização da situação em Israel”, o “desinteresse de Putin em retomar a credibilidade” no plano internacional e os fundamentalismos são, efetivamente, riscos de alto nível, de acordo com declarações do embaixador Francisco Seixas da Costa à mesma publicação.
No entanto, sublinha Seixas da Costa, o que se torna mais perigoso do que essas ameaças é o facto de o eixo-transatlântico estar numa fase mais “fragilizada”, podendo não ter capacidade de reação caso alguns dos riscos escale.
Por um lado, os EUA estão em entrar numa fase de “fim de mandato”, que é “sempre um ciclo de indecisão”. Por outro, a UE vive um momento de “tal dualidade” entre Norte e Sul que o risco de implosão é constante.
Esta fragilidade, explica a mesma publicação, faz com que a reação a outros fenómenos de risco esteja ameaçada: conflito entre Rússia e Ucrânia, os ataques do Estado Islâmico e a escalado dos conflitos no Médio Oriente e no Norte de África.
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