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Fitch diz que Angola vai crescer apenas 3% este ano

A agência de notação financeira Fitch considera que Angola vai crescer apenas 3% este ano, e que o novo ambiente económico em Angola e a descida dos preços do petróleo pode fazer descer o 'rating'.

Fitch diz que Angola vai crescer apenas 3% este ano
Notícias ao Minuto

13:43 - 27/01/15 por Lusa

Economia Notícias

Em entrevista à Lusa, a diretora do grupo de análise do crédito soberano, e uma das analistas seniores sobre Angola, Carmen Altenkirch, afirmou que "o crescimento económico em Angola certamente será menor que o estimado, porque o setor do petróleo vai contrair-se e o setor não petrolífero vai sofrer o impacto da falta de dólares e da redução da despesa pública", o que leva a Fitch a prever que a expansão do Produto Interno Bruto se fique pelos 3%, sensivelmente um terço daquilo que o Executivo previu no Orçamento do Estado para este ano - 9,7%.

A analista da Fitch que segue Angola explicou também que o 'rating' pode ser revisto em baixa se o panorama continuar negativo para as autoridades de Luanda: "O impacto no 'rating' depende, em última análise, de como o Governo vai responder, de como e se são feitos cortes na despesa e se o défice orçamental é limitado, então isto vai ajudar a sustentar o 'rating', atualmente em BB- com perspetiva de evolução Estável", disse a analista.

Carmen Altenkirch acrescentou, no entanto, que "se os preços do petróleo continuarem muito baixos por um período longo de tempo, ou se o Governo tiver dificuldades em financiar a balança de pagamentos, então isto pode resultar numa pressão para degradar o 'rating'".

Certo é que o défice das contas públicas, previsto chegar aos 7,6% do PIB em 2015, "deverá aumentar", ao contrário da inflação, que a Fitch estima que poderá ficar contida, mas o impacto real "vai depender do nível de depreciação do kwanza", que na semana passada apresentava uma taxa média de referência do mercado cambial interbancário de 104,645 kwanzas (89 cêntimos de euro) por cada dólar, segundo dados do Banco Nacional de Angola.

Sobre a produção de petróleo, que Luanda estima ficar um pouco acima dos 1,8 milhões de barris por dia, a Fitch concorda que a produção "deverá manter-se inalterada", mas alerta que "se os preços continuarem tão baixos, isso pode acabar por fazer com que as empresas decidam que não é rentável avançar para novas explorações petrolíferas", o que coloca em causa a produção a médio prazo.

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