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Moody's deve rever em baixa o crescimento de Angola

A agência de notação financeira Moody's deverá rever em baixa a previsão de crescimento de Angola para este ano, que era inicialmente de 5,5%, disse em entrevista à agência Lusa a analista Lucie Villa.

Moody's deve rever em baixa o crescimento de Angola
Notícias ao Minuto

13:43 - 27/01/15 por Lusa

Economia Perspetivas

"O impacto do choque do preço do petróleo vai ser uma relação entre a extensão e a duração da queda dos preços e da produção, bem como dos efeitos dinâmicos deste choque em toda a economia; assim, parece improvável que a nossa previsão original de crescimento de 5,5% em 2015 seja atingida este ano", disse a analista da equipa da Moody's que analisa o crédito soberano na região da África subsariana.

Em entrevista à Lusa, Lucie Villa sublinhou, a propósito da resposta do Executivo, que prepara um Orçamento retificativo, que "a resposta política às pressões orçamentais que resultam do choque dos preços do petróleo mostra que o Governo angolano está disposto a tomar medidas rápidas e ajustar o Orçamento de acordo com aquilo que parecem agora ser assunções macroeconómicas mais realistas".

A analista acrescentou esperar que a queda nos preços do petróleo, que caíram mais de 50% desde junho do ano passado, "exerça uma pressão negativa nas receitas do Governo, no orçamento e na balança corrente", criando dificuldades a uma economia altamente dependente do petróleo, no qual são baseadas mais de 75% das receitas do Governo e que representa mais de 95% das exportações do país.

O impacto mais imediato e direto, disse a analista, está a sentir-se na balança corrente e na moeda nacional, o kwanza, sublinhou, prevendo que "o mais provável é que o Governo reduza a despesa pública, o que vai, por conseguinte, ter um efeito negativo no crescimento do setor não petrolífero, dada a proeminência dos projetos de investimento público na economia".

O crescimento do setor do petróleo, aliás, também deve sofrer com os preços baixos se "as explorações em curso e os projetos de desenvolvimento foram atrasados ou se os contratos relacionados com o petróleo foram suspensos ou cancelados por arrasto".

Questionada sobre a evolução do 'rating' e a possibilidade de esta avaliação ser revista em baixa, Lucie Villa respondeu: "A perspetiva da nossa avaliação de Ba2 é Estável e reflete uma análise dos riscos positivos e negativos, mas todos os nossos 'ratings' e perspetivas de evolução são objeto de monitorização contínua e podem mudar se os desenvolvimentos de crédito o justificarem".

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