"Temos de ser menos ambiciosos do que a Irlanda"
A presidente do IGCP, Cristina Casalinho, concede esta terça-feira uma entrevista ao Diário Económico. A responsável pela agência que gera a dívida pública portuguesa diz que “temos de ser menos ambiciosos do que a Irlanda” no que toca a um reembolso antecipado ao FMI, e lembra que apenas uma agência de notação nos dá nota positiva perante os investidores.
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Economia Cristina Casalinho
Em entrevista ao Diário Económico, Cristina Casalinho, presidente do IGCP, refere-se esta terça-feira à intenção do Governo reembolsar antecipadamente o empréstimo concedido pelo FMI. Comparando a situação portuguesa com a irlandesa, a responsável pela agência de gestão de dívida portuguesa considera que teremos de ser menos ambiciosos do que os irlandeses.
“Temos de ser menos ambiciosos que os irlandeses, as condições de que eles desfrutam não são comparáveis com as nossas”, refere num primeiro momento Casalinho, adiantando que, por exemplo, “a Irlanda tinha uma almofada de liquidez maior, de 19 mil milhões de euros. A nossa foi de cerca de 12,5 milhões”.
Para a responsável do IGCP, caso se avance para um reembolso antecipado, mais do que acertar no timing do mercado é necessário “sobretudo fazer um encontro da oferta com a procura”, até porque “o reembolso antecipado ao FMI vai implicar necessidades de financiamento adicionais”.
“Não nos interessa avançar para um programa [de reembolso] que não seja percecionado como credível por parte do mercado. (…) [Porém,] o facto de não sermos o primeiro país a fazê-lo poderá facilitar o processo de aprovação”, conclui Cristina Casalinho.
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