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Lançadas linhas de orientação para 'investidores sociais'

Entidades dos vários setores da sociedade lançam hoje, em Lisboa, um documento com "linhas de orientação" para investidores e financiadores sociais que visa, entre outros objetivos, promover a avaliação do impacto social como condição para o investimento.

Lançadas linhas de orientação para 'investidores sociais'
Notícias ao Minuto

07:09 - 27/01/15 por Lusa

Economia Documento

Iniciativa do Grupo de Reflexão para a Avaliação do Impacto Social (GRAIS), as linhas de Orientação para investidores e financiadores socialmente responsáveis resultam de um trabalho de reflexão conjunto sobre a problemática da avaliação de impacto social em Portugal, que envolveu empresas, fundações, universidades, o Estado e organizações da economia social.

Em declarações à agência Lusa, António Brandão Vasconcelos, presidente da Everis Portugal, empresa que desafiou as várias entidades a criarem o GRAIS, adiantou que o documento define cinco grandes princípios orientadores para os investidores sociais: transparência, contratualização, capacitação, avaliação e proporcionalidade.

O GRAIS explica no documento que as empresas são cada vez mais procuradas pelas estruturas da economia social para apoiar em projetos, respostas e negócios sociais e, como tal, "necessitam de definir parâmetros de atuação, que as habilitem a selecionar as melhores iniciativas, aquelas que apresentam melhores resultados e potencialidades de retorno".

As "linhas de orientação" vêm definir os conceitos e princípios de atuação por parte dos investidores sociais de modo a criar "uma rede de recursos convergente e coerente", comparar procedimentos entre investidores, validar, de forma articulada, a sustentabilidade dos projetos e negócios sociais apoiados e "alavancar a criação de valor partilhado".

"O objetivo fundamental" dos subscritores é "criar uma mentalidade no setor de que não basta fazer o bem, é preciso que o bem que se faz também seja medido", disse Brandão Vasconcelos.

Lembrando o peso da economia social, setor que emprega 5% da população, o responsável defendeu que "é preciso que este setor passe a ter uma cultura uniforme como existe nos outros setores da economia".

"Não há nenhum setor da economia que não avalie os resultados que tem" e, como tal, "o setor da economia social também necessita de ser avaliado", adiantou.

"Essa avaliação deverá ser ajustada aos investimentos", sublinhou Brandão Vasconcelos.

Salientou também a importância do "princípio da contratualização", no sentido de formalizar as relações entre quem investe e quem usufrui destes investimentos como entidade da economia social, através de protocolos de cooperação.

O investidor/financiador social deverá também apoiar os projetos, respostas ou negócios sociais em que investe, nomeadamente ao nível da capacitação dos responsáveis das organizações, para assegurar uma gestão mais focada e eficiente.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia social é composta por cerca de 55.000 organizações, que empregam 260 mil pessoas.

Em 2013, o contributo das entidades privadas para alavancar este setor ficou acima dos 100 milhões de euros.

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