"A venda da Portugal Telecom é criminosa"
No seu espaço de comentário semanal na SIC, Luís Marques Mendes deu destaque à reposição das pensões e salários, à confirmação de um défice abaixo dos 4%, à medida apresentada por Mario Draghi da compra de dívida pública e privada e por fim, a venda da PT. Foi a venda da operadora portuguesa que levou o comentador a afirmar que "do ponto de vista político e estratégico" trata-se de um crime.
© Global Imagens
Economia Luís Marques Mendes
O antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes começou por falar este sábado, no seu espaço de comentário semanal na SIC, sobre as boas notícias recebidas pelos portugueses esta semana. A reposição das pensões e salários e o défice abaixo dos 4% ficaram na memória do comentador.
Relativamente à reposição dos salários e pensões, Marques Mendes afirmou que "esta é uma boa notícia”.
“Os pensionistas começaram a receber as pensões sem cortes, a não ser as mais elevadas. Esta notícia é boa para cerca de 400 mil pensionistas. Mas também é para os funcionários públicos que começaram a receber com cortes mais pequenos, uma reposição de 20% nos salários", explicou.
Não esquecendo quem permitiu que isto acontecesse, o político congratulou o Tribunal Constitucional, a troika que acabou, a situação económica e o Governo que contribuiu para isso.
Sobre os dados lançados esta semana confirmando o défice abaixo dos 4%, o antigo líder do PSD garantiu que esta é mais uma boa notícia. "O défice vai ser cumprido. Vai ser cumprido de uma forma correta. Toda a gente andou a dizer que o défice não ia ser cumprido, mas eu sempre disse que ia acontecer o contrário. Não é apenas a credibilidade de ter sido cumprida, é sobretudo porque a meta de cumprir o de 2015 se torna mais fácil. A novidade que posso dar é que o défice vai ficar entre 3,5 e 3,7%".
No entanto, o comentador estranhou o facto de ninguém ter vindo apontar estes feitos. "Fazem a obra e não são capazes de valorizar. Há resultados que são importantes e quem tem mérito deve valorizá-los", apontou.
Contudo, a venda da PT foi o que o deixou realmente incomodado. Para Marques Mendes "nem é paraíso, nem inferno".
Como pontos negativos referiu a ideia de ter acabado um "grande operador de telecomunicações lusófono".
"Acho isso um desastre. Agora é francesa. Isto acontece na sequência do BES, dos acionistas e da gestão. Do ponto de vista político e estratégico isto é criminoso. A parte menos má é a venda da PT, porque no meio desta confusão é preferível arrumar o assunto e vender. Mas vai continuar a ser uma grande empresa", explicou.
Lá fora, os elogios a Mario Draghi foram enormes, depois de o presidente do Banco Central Europeu ter assumido a compra de dívida pública e privada em 60 mil milhões de euros, contra a vontade da Alemanha, facto que foi ressalvado por Marques Mendes.
"O BCE vai gastar uma quantidade enorme de dinheiro para comprar a dívida pública, que está na posse dos bancos. Os bancos vão ter mais dinheiro para poderem emprestar. Não é dinheiro diretamente injetado na economia, mas é indiretamente. É uma medida histórica, inédita e corajosa. A Alemanha é contra isto e o Sr. Draghi fez isto contra a Alemanha e por isso, é preciso ter coragem. Ele merece uma estátua. Isto pode contribuir para animar a economia europeia", rematou.
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