A medida de Draghi vai afetar as suas poupanças. Saiba como

O Banco Central Europeu vai lançar um programa de compra de dívida pública e privada. No total serão 60 mil milhões todos os meses. Mas em que se traduz esta medida inédita aplicada na União Europeia? O Jornal de Negócios explica.

Medida de Draghi vai afetar as suas poupanças. Saiba como

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Notícias Ao Minuto
23/01/2015 08:50 ‧ 23/01/2015 por Notícias Ao Minuto

Economia

Banco Central

Após meses de especulação, Mario Draghi anunciou na quinta-feira que o Banco Central Europeu (BCE) vai comprar, todos os meses, 60 mil milhões de euros em dívida pública e privada.

Tal medida comporta diversas implicações, desde a moeda única até às Euribor, passando ainda pelas ações e pelo ouro.

Assim, explica o Jornal de Negócios, esta medida inédita anunciada pelo presidente do BCE levará o euro à paridade face ao dólar, pois a moeda única sofrerá uma desvalorização acentuada.

“Estamos pessimistas em relação ao euro, com o programa de compra de dívida a colocar mais pressão sobre a moeda”, sublinham os especialistas da Morgan Stanley.

Se por um lado as Euribor vão acentuar as quedas, beneficiando os “devedores com contratos antigos”, por outro lado, os bancos vão compensar estas perdas com os depósitos. Assim, a taxa dos depósitos vai ser reduzida para fazer face à queda das taxas Euribor, com o prazo a um mês estando já em terreno negativo. Poupa de um lado, mas não poupa do outro, refere o Negócios.

Relativamente ao ouro, os especialistas do Commerzbank acreditam que os efeitos “serão confusos”.

“O metal beneficiará tanto quanto o euro valorizar face ao dólar, mas o impacto será limitado a curto prazo”, apontam.

As ações também vão ser afetadas com as bolsas a poderem subir até 9%, escreve o Negócios. Para a Morgan Stanley, as “cotadas cíclicas deverão ser as mais beneficiadas”, em especial as construtoras de automóveis, bem como os setores industrial, químico e de construção e ainda os media.

Por fim, o programa anunciado ontem vai valorizar as dívidas soberanas e, por isso, os juros vão ser reduzidos. “Mantemos a aposta em dívida de países da periferia com alto risco”, garantiu Scott Thiel da BlackRock.

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