"Vamos ter de partir para a guerra", dizem lesados pelo GES
Está marcada para amanhã, em frente à sede do Novo Banco, uma manifestação organizada por clientes que compraram papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) mas que não foram ressarcidos após a cisão do BES. Caso não sejam indemnizados antes da venda do Novo Banco, admitem partir para uma “guerra”, como contaram ao Dinheiro Vivo.
© Reuters
Economia Papel comercial
“São casos de burla”. É assim que os clientes que compraram, nos balcões do BES, papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) encaram o facto de não terem sido ressarcidos.
Inconformados com o facto de não terem visto as suas aplicações transferidas para o Novo Banco, como aconteceu com outros investidores, formaram uma associação, que tem já uma manifestação agendada para amanhã, em frente à sede da instituição liderada por Stock da Cunha.
"Estamos a falar de pessoas que investiram as suas poupanças numa aplicação que lhes disseram ser tão segura como um depósito a prazo. Há pessoas em situações de grande desespero e não é justo que assim seja, porque foram enganadas pelo banco em que confiaram, que lhes vendeu gato por lebre", disse ao Dinheiro Vivo o porta-voz da Associação Lesados Papel Comercial.
Ricardo Ângelo adiantou que os cerca de 200 clientes querem, a todo o custo, ser indemnizados antes da venda do Novo Banco e que vão “partir para uma guerra” caso tal não aconteça.
O representante contou ainda que a associação tem recebido “ameaças anónimas” para desistir do processo. “O Novo Banco enviou-nos uma carta onde dá a entender que, se nos manifestarmos, não vamos ser incluídos na solução que está a preparar para o papel comercial. (…) Eles dizem-nos que têm feito propostas com soluções ao Banco de Portugal, mas que não recebem resposta”, explicou.
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