A crise que levou à dissolução do Grupo Espírito Santo continua a dar que falar e a fazer correr muita tinta na imprensa portuguesa.
Hoje, dia em que o presidente da PwC é ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES, o Diário Económico noticia que existem contradições entre a auditora e o Banco de Portugal relativamente às informações que terão sido alegadamente transmitidas ao regulador.
A publicação explica que a PwC levou a cabo uma auditoria ao BES em 2001. Nessa altura terão sido sinalizados alguns problemas que, segundo a empresa presidida por José Alves, foram posteriormente comunicados ao Banco de Portugal e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
No entanto, o regulador garante que os problemas que lhe foram reportados foram posteriormente resolvidos no decorrer dos meses seguintes, negando, por isso, que lhe tenha sido dado a conhecer outras questões que, treze anos depois, levaram ao colapso do GES e do BES.
Fontes da Comissão Parlamentar de Inquérito revelaram ao Diário Económico que os documentos que a PwC entregou aos deputados não referem explicitamente a auditoria realizada em 2001 ao BES, mas referem, implicitamente, que a auditora e o regulador – então liderado por Vítor Constâncio – trocavam informações sobre o tema.