Antes da crise tinha apenas 5% dos votos, mas hoje o Syriza lidera nas sondagens. O partido grego anti-austeridade defende que a reestruturação da dívida naquele país é inevitável e que “o problema é europeu, de todo o Continente”.
“Mostraremos que não é racional não ter recursos para o crescimento, mas apenas para pagar dívida”, afirmou John Milios, membro do secretariado responsável pela Economia, ao Jornal de Negócios, determinado a fazer uma negociação com toda a União Europeia caso o seu partido vença as eleições.
“As negociações não são uma guerra, um lado não quer destruir o outro e estou confiante que chegaremos a acordo”, adiantou, ainda que recusando a hipótese de suspender o pagamento de dívida.
Questionado sobre uma possível saída da Grécia do euro, John Milios foi perentório: “Não, em caso algum. Uma desvalorização cambial será tão má como a desvalorização interna provocada pela austeridade. Não queremos que a população perca mais dinheiro”.
Além disso, acrescentou, “é impossível um país sair do euro sem que zona euro se desfaça”.