Os trabalhadores portugueses identificados pelo gabinete de Estatística da União Europeia (Eurostat) como sendo mal pagos são, sensivelmente, 802 mil. Os dados dizem respeito ao ano de 2010, sendo que os padrões europeus estabelecem o limiar do mal pago em menos do que 3,4 euros à hora, isto é, do que 590 euros mensais.
Os números relativos a Portugal traduzem-se numa percentagem de 16,1% da população, contra 14,8% de trabalhadores cujos salários são considerados baixos no bolo total de países da zona euro.
Porém, saliente-se, os padrões variam significativamente de território para território. Em Espanha, por exemplo, é considerado baixo um ordenado inferior a 6,4 euros por hora. Em França esse tecto fixa-se em 9,2 euros por hora, e na Alemanha em 10,2 euros por hora.
O Eurostat indica também, relativamente a 2010, que 22% das mulheres que trabalhavam em Portugal tinham empregos mal pagos, apontando ainda que mais de 550 mil trabalhadores ganhavam, em 2011, o salário mínimo nacional, fixado em 485 euros, o que equivale a 11% da população do País.
