Pilotos desconvocam greve prevista para a próxima semana
Os pilotos da transportadora da TAP desconvocaram a greve agendada para 27, 28, 29 e 30 de dezembro. Sindicatos Signatários e o Governo aceitaram as bases de um memorando que cria condições para o funcionamento do grupo de trabalho no âmbito da eventual reprivatização. Foram então reunidas as condições para cancelar a greve, avança a TVI24.
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Economia Transportadoras
Os Sindicatos Signatários e o Governo aceitaram as bases de um memorando que cria condições para o funcionamento do grupo de trabalho para a eventual reprivatização e por isso, foram reunidas as condições para cancelar a greve.
Os pilotos da TAP tinham agendado a greve para 27, 28, 29 e 30 de dezembro apesar de o Governo ter decretado a requisição civil, medida esta que obrigava os trabalhadores a comparecer ao trabalho. Mas os sindicatos e o Governo chegaram a um acordo para a criação de um grupo de trabalho.
"Os Sindicatos signatários e o Governo aceitaram as bases de um memorando visando a criação das condições subjacentes ao funcionamento do Grupo de Trabalho, no âmbito da eventual reprivatização do Grupo TAP", anunciaram os sindicatos dos Economistas, dos Engenheiros, dos Contabilistas, das Indústrias Metalúrgicas e Afins, dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, dos Pilotos da Aviação Civil, dos Quadros da Aviação Comercial, dos Técnicos de Handling de Aeroportos e Nacional dos Engenheiros.
Dos 12 sindicatos que apresentaram pré-avisos de greve não subscreveram o comunicado divulgado hoje os sindicatos dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), Nacional dos Trabalhadores Aviação Civil (SINTAC) e Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
A decisão de relançar a privatização da companhia aérea, suspensa em dezembro de 2012, acendeu uma onda de contestação, que culminou com a marcação de uma greve de quatro dias de 27 a 30 dezembro, tendo entretanto o ministro da Economia anunciado a decisão do Goiverno de decretar uma requisição civil dos trabalhadores da TAP para minimizar o impacto da greve.
Na terça-feira ao fim do dia, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) considerou que o Governo tinha "de conformar-se" com a decisão do Tribunal Arbitral (de decretar serviços mínimos), pelo que os serviços mínimos prevaleceriam sobre a requisição civil que será "judicialmente impugnada".
O SPAC afirmou ainda que iria "respeitar e cumprir a decisão do Tribunal Arbitral", assim como o Governo e a TAP estariam "obrigados a cumprir as decisões dos tribunais", ou seja, os serviços mínimos que prevaleceriam sobre a requisição civil.
Entretanto, também ao final do dia de terça-feira, foi conhecida uma carta enviada aos trabalhadores pelo presidente da TAP, Fernando Pinto, no qual ameaçava avançar com um processo disciplinar caso estes não cumprissem a requisição civil aprovada pelo Governo durante a greve.
O ministro da Economia, Pires de Lima vai fazer uma declaração às 14h30 sobre este tema.
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