Ex-administrador acusa BdP de confiscar depósitos de pessoas
O ex-administrador executivo do BES, Rui Silveira, acusou hoje o Banco de Portugal (BdP) de ter confiscado depósitos de familiares dos gestores do banco, no âmbito da sua intervenção na instituição, em desrespeito pelos direitos constitucionais.
© Reuters
Economia Inquérito BES
"O BdP não se coibiu de, no completo desrespeito por elementares direitos, liberdades e garantias individuais constitucionalmente consagrados, "confiscar" depósitos em numerário de terceiros, em função do grau de parentesco, afinidade, ascendência ou descendência relativamente a ex-membros dos órgãos sociais do BES", afirmou o responsável no parlamento.
Segundo Rui Silveira, tal atitude compreende uma "responsabilização, sancionatória por atos que não praticaram e com base na dupla presunção de que agiram por conta daqueles que, por seu turno, supostamente terão praticado atos lesivos de interesses do banco, o que, diga-se em abono da verdade, nem aquando das nacionalizações operadas em 1975, alguém se lembrou de decretar".
Estas declarações surgiram logo na longa intervenção inicial do ex-administrador do Banco Espírito Santo (BES) na sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/Grupo Espírito Santo (GES).
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