"Tenho a esperança de que a greve seja desconvocada"
No seu comentário semanal na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa indicou os motivos pelos quais acredita na possibilidade de a greve da TAP, marcada para os dias 26 a 30, vir a ser desconvocada.
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Economia Marcelo Rebelo de Sousa
“Tenho a esperança de que a greve seja desconvocada, porque os sindicatos dizem que a greve é contra a privatização e eles estão a comprar uma impopularidade, sobretudo relativamente aos emigrantes e às regiões autónomas, num período como é o fim do ano”, afirmou, na antena da TVI, o comentador Marcelo Rebelo de Sousa.
O antigo líder do PSD acredita que, “se a causa da greve [marcada para os dias 26 a 30] é lutar contra a privatização, nada pior do que uma greve numa altura em que perdem popularidade. A mesma greve daqui a duas ou três semanas cumpre a mesma missão, porque o caderno de encargos ainda está a ser feito, e não tem tanto custo para a causa que eles querem prosseguir”.
“Com inteligência eles verão que não é eficaz aquela solução”, acrescentou.
Contudo, admitindo que tal pode não acontecer, o professor encarou a possibilidade de a requisição civil prosseguir. E neste caso é possível, apesar de pouco provável, que se repita o que aconteceu em 1997, quando os trabalhadores “apareceram todos doentes, com atestados”.
“No estado em que está a empresa, é uma coisa que soa a brincadeira para com os portugueses”, atirou, não sem salientar que “é muito importante que o Governo defina rapidamente o modelo de privatização”.
“Espero que haja bom senso da parte dos grevistas, que haja bom senso da parte do Governo e que haja um acordo de regime. Não é possível começar a privatização com um governo e acabá-la com outro governo e este Governo não dizer nada àquilo que pode ser o próximo governo”.
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