Requisição Civil na TAP. O que ainda pode acontecer?
O Governo decretou ontem, quinta-feira, em Conselho de Ministros, a requisição civil na TAP para travar quatro dias de greve anunciados para o período do Ano Novo. Esta sexta-feira, o Jornal de Negócios traça um cenário sobre tudo o que ainda pode acontecer.
© Reuters
Economia Transportadoras
Foi ontem decretada a requisição civil na TAP para evitar quatro dias de greve no Ano Novo, designadamente nos dias 27, 28, 29 e 30. Hoje, o Jornal de Negócios dá conta de tudo o que ainda pode acontecer até lá, nomeadamente a interposição de uma ação em tribunal, mas também o cancelamento do protesto dos trabalhadores.
Aqui, esquematizamos todos os cenários possíveis na TAP:
1 – Serviços mínimos
Mesmo após a decisão do Governo, que voltou a utilizar a requisição civil para evitar os prejuízos de uma greve, algo que já não acontecia desde 1997, o Conselho Económico Social mantém ainda a reunião que tinha agendada e que acontecerá às 12h00 da próxima segunda-feira, 22 de dezembro.
2 – Contestação
A plataforma de sindicatos dos trabalhadores da TAP ainda não reagiu à tomada de posição do Governo. No entanto, explica o Jornal de Negócios que os trabalhadores podem, numa primeira fase, entrar com uma providência cautelar para tentar travar a requisição civil. No entanto, há dois fatores contra os trabalhadores: a morosidade da justiça e o facto de decisões anteriores serem contrárias às pretensões destes.
3 – Cancelamento da Greve
Há ainda a hipótese de os trabalhadores optarem por desconvocar a greve. Esta medida faria com que os sindicatos e o Governo se voltassem a sentar à mesa de negociações. O Executivo mostrou abertura.
4 – Adiamento da Greve
Outra das posições que pode vir a ser tomada é a da alteração da greve para outra data. Os trabalhadores queriam parar, em protesto, nos dias 27, 28, 29 e 30 de dezembro, mas os sindicatos poderão mover a paralisação dos serviços para outra data.
5 – Caso a requisição civil avance
Os trabalhadores podem manter a sua posição e forçar a aplicação da medida imposta pelo Governo. Neste cenário, uma vez que é preciso garantir 100% dos voos previstos com apenas 70% dos trabalhadores, os funcionários da transportadora podem optar por apresentar baixa médica ou avançar para greve de zelo.
6 – Avançar para a reabertura de vendas
Mesmo mantendo a greve, a companhia pode optar por disponibilizar novos voos para os seus utentes, aproveitando para minorar o impacto de uma paralisação numa das datas de maior afluência aos aeroportos.
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