Alternativas de financiamento da futura ligação Viseu/Coimbra em estudo
O secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, disse hoje que estão a ser estudadas várias alternativas de financiamento da futura ligação entre Viseu e Coimbra e admitiu a participação de investidores internacionais.
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O Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI3+) prevê uma nova ligação entre Coimbra e Viseu - há muito reivindicada, atendendo ao tráfego do Itinerário Principal (IP) 3 -, que representa um investimento estimado em 600 milhões de euros.
Em declarações aos jornalistas em Viseu, Leonardo Mathias referiu que esta é ainda "uma fase muito preliminar", mas que "há muitos investidores internacionais que investem no que eles chamam projetos já existentes e há investidores que também estão interessados em olhar para projetos novos".
"Obviamente que nas nossas visitas às praças onde há investidores desta natureza -- Paris, Londres, Nova Iorque -- muitas vezes falamos das alternativas para o investimento", contou.
O secretário de Estado considerou ser cedo para "entrar em algum detalhe", por estar ainda a ser analisada a forma como os fundos privados podem entrar no projeto.
"Está a ser estudado em detalhe, analisado e tirado o diagnóstico daquilo que advém do plano estratégico dos transportes e depois vai-se encontrar o mais adequado modelo de financiamento e de investimento para que seja uma realidade", frisou.
No que respeita ao pagamento de portagens na futura ligação, Leonardo Mathias afirmou que há serviços e há bens que os portugueses têm de pagar para os poder ter.
O presidente do Conselho Empresarial da Região de Viseu, João Cotta, lamentou que a região possa vir a ficar "cercada" por portagens, nas já existentes autoestradas A25 e A24 e futuramente na ligação a Coimbra.
"A concretizar-se o que ali está (no PETI3+), a região de Viseu fica cercada por boas vias de comunicação, mas também fica cercada por portagens", criticou.
Na sua opinião, a melhor solução seria a requalificação do IP3, conferindo-lhe "características de segurança e de modernidade".
"Neste momento, há zonas do IP3 que são muito inseguras, não têm bermas, não têm nada, os separadores ocupam o espaço todo e cada vez que há um desmoronamento metem lá uns separadores", afirmou.
João Cotta considerou que o que está previsto relativamente à nova ligação entre Viseu e Coimbra parece ser "uma manobra de ilusão, algo para não se fazer".
"No fundo, é uma ilusão que nos estão a por diante dos olhos, que nos pretende tranquilizar, mas que é muito vago, muito imprevisível, muito pouco consistente", acrescentou.
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