Petróleo atinge mínimos de 2009. E agora?

O petróleo terminou, esta segunda-feira, a negociar nos 72 dólares, valor mais baixo desde 2009. Mas, na prática, o que é que isso significa? Pressão nas ‘commodities’, ações favorecidas, importações mais baratas mas também um possível aumento do défice e da instabilidade política, escreve o Diário Económico.

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Notícias Ao Minuto
02/12/2014 08:31 ‧ 02/12/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

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Desde 2009 que o petróleo não era negociado a um preço tão baixo. Ontem, escreve o Diário Económico, fechou nos 72 dólares, mas o impacto vai muito além dos anseios de uma descida do preço dos combustíveis.

Segundo o Diário Económico, esta queda a pique (que se verifica há seis meses consecutivos) afeta as principais ‘commodities’, como é o caso do ouro, prata e cobre que seguem esta tendência de queda, em parte, provocada também pelo abrandamento económico global e da China. Além disso, um menor crescimento nesta área porta um risco para a generalidade das matérias-primas, uma vez que, explica o jornal, implica um menor nível de consumo e uma pressão negativa nos preços das matérias-primas.

Contudo, quem poderá sair beneficiado com estes mínimos de 2009 são as empresas. A pressão negativa sobre a cotação do petróleo tem um impacto na evolução das bolsas, principalmente nas que dizem respeito a empresas cuja atividade depende da evolução da cotação do petróleo, como é o caso das empresas de aviação. Segundo o jornal, é já sabido que a queda abrupta dos preços do petróleo é, por vezes, sinonimo de oportunidade de compra de ações.

Mas se para algumas empresas, a queda do preço do petróleo pode ser uma boa notícia, o mesmo não podem dizer os países produtores deste material. A queda acentuada do preço resulta em menos exportações, importações mais caras, dificuldades orçamentais e, por consequência de tudo isto, instabilidade política. E não só. A redução do preço pode ainda ter um impacto cambial, com, por exemplo, o rubro a atingir o seu valor mais baixo desde 2009, algo que dificulta o poder de compra, já que a moeda desvaloriza e, por isso, compram-se menos bens.

Porém, o valor atingido esta terça-feira pelo petróleo pode, ainda, ser sinónimo de importações mais baratas. No caso de Portugal, o impacto pode resultar numa melhoria no saldo comercial e na redução do valor das compras ao exterior, mas tal não quer dizer que o preço dos combustíveis baixe. Pelo contrário: se o preço do produto depois de refinado não baixar, a diminuição do preço dos combustíveis não acontece.

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