PS chama diretores do BdP que anunciaram saída na 5.ª feira
O PS vai chamar à comissão de inquérito parlamentar à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (BES) os ex-diretores de supervisão do Banco de Portugal (BdP) que abandonaram a entidade na quinta-feira.
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Economia Inquérito BES
De acordo com indicação de fonte do partido na comissão, o pedido de audição será ainda hoje apresentado ao presidente da comissão, o deputado do PSD Fernando Negrão.
O diretor e o diretor-adjunto do Departamento de Supervisão Prudencial (DSP) do BdP, Luís Costa Ferreira e Pedro Machado, renunciaram aos cargos desempenhados no supervisor, anunciou na quinta-feira a entidade liderada por Carlos Costa.
O PS pretende agora ouvir em sede de comissão os responsáveis.
"O Conselho de Administração tomou conhecimento dos pedidos de desvinculação ao Banco de Portugal apresentados pelo diretor e diretor-adjunto do Departamento de Supervisão Prudencial (DSP), Dr. Luís Costa Ferreira e Dr. Pedro Machado, fundamentados na intenção de desenvolverem novos projetos profissionais", lê-se num curto comunicado de quinta-feira do banco central.
Segundo avançou o jornal Expresso na quinta-feira, os dois responsáveis vão trabalhar para a consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), tendo recebido propostas de remuneração que o Banco de Portugal não conseguiu acompanhar.
Mais tarde, a consultora confirmou em comunicado a contratação dos dois responsáveis.
"Luís Costa Ferreira e Pedro Machado, que até aqui desempenhavam funções no Banco de Portugal, reforçam a área de 'Business Consulting' da PwC Portugal, no âmbito da estratégia de crescimento e aposta na consultoria a instituições financeiras, uma das 'big bets' [grandes apostas] da firma", afirmou a consultora no comunicado.
A primeira audição da comissão de inquérito ao caso BES/GES decorrerá a 17 de novembro.
A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas, enquanto no 'banco bom', o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
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