"Crise financeira impeliu alguns exageros de regulação"
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Fernando Faria de Oliveira, afirma, em entrevista ao Diário Económico, que os mais recentes testes de stress pretendem reforçar ?a confiança?, ?robustez? e ?estabilidade financeira? dos bancos. Por um lado, sustenta, ?o setor bancário é o primeiríssimo interessado em que novos casos deploráveis?, como o BES, ?não se repitam?.
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Economia Faria de Oliveira
“O que o Banco Central Europeu (BCE) e a EBA (European Banking Authority) pretendem é o reforço da confiança, da robustez dos bancos e a estabilidade financeira. A exigência de uma almofada de capital para fazer face a situações de crise graves, a realizar num período estabelecido, visa esse objectivo”.
A afirmação pertence ao presidente da APB, Fernando Faria de Oliveira, que em respostas por escrito ao Diário Económico, faz uma espécie de rescaldo dos recentes testes de stress aos bancos e, consequentes, resultados obtidos pelos bancos nacionais.
Sustentando que “todas as medidas regulatórias e de supervisão em curso visam um sistema mais resiliente, fiável e confiável”, Faria de Oliveira lembra que “a crise financeira impeliu alguns exageros de regulação, que devem ser [agora] repensados”.
“Foi enorme o esforço realizado no setor bancário durantes estes anos de crise”, prossegue, “para enfrentar tantos problemas, novas exigência regulatórias e desvantagens competitivas, e garantir a estabilidade financeira”. Porém, acrescenta o presidente da APB, “os bancos vão, seguramente, continuar o trabalho para aumento da sua robustez; modernidade e fiabilidade e reforço do governo dos bancos das boas práticas e do comportamento ético”.
Questionado sobre o caso BES, Faria de Oliveira comenta apenas que “o próprio sector bancário é o primeiríssimo interessado em que novos casos deploráveis, que põem em causa a imagem do sector e têm custos elevadíssimos, não se repitam”.
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