Falência do GES 'engoliu' 1 milhão de euros de 16 governantes

Quando se abateu a crise sobre o Grupo Espírito Santo, que viria a colocar um fim no império da família Espírito Santo, eram 16 os governantes que tinham centenas de milhares de euros no GES e que viram, numa reunião de Conselho de Ministros, ser aprovado um diploma que determinava alterações ao regime geral das instituições de crédito e sociedades financeiras, revela o Público.

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Notícias Ao Minuto
27/10/2014 09:23 ‧ 27/10/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Crise

A 31 de julho o Conselho de Ministros reuniu-se para aprovar um diploma que alterava o regime geral das instituições de crédito e sociedades financeiras. Estávamos na ‘semana negra’ do Banco Espírito Santo que culminou com a desvalorização em bolsa da instituição liderada por Ricardo Salgado e com as ações a valerem um mínimo histórico de 12 cêntimos.

Quando ministros e secretários de Estado se reuniram para aprovar o diploma havia mais em jogo do que se podia imaginar, pois eram 16 os governantes que tinham dinheiro aplicado no Grupo Espírito Santo.

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco tinha, de acordo com o que declarou em 2011, mais de 370 mil euros em aplicações financeiras, fundos, gestão de carteiras, banca-seguros e carteira de títulos, revela o Público.

Rui Machete, o ministro dos Negócios Estrangeiros, tinha 10.790 euros investidos em 1436 unidades de participação.

Mas os investimentos de membros do Governo no GES não se ficavam por aqui.

O secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Pereira Gonçalves, tinha investido 290 mil euros em obrigações do Espírito Santo Banque Priveé, instituição que também lhe geria 107 mil euros em fundos e 19.492 ações do BES e 200 da Espírito Santo Financial Services.

Nuno Brito, secretário de Estado da Alimentação, tinha 100 mil euros em obrigações da Espírito Financial Group. Havia ainda vários secretários de Estado que tinham comprado centenas de milhares de euros em dívida do GES.

No total, o valor que membros do Governo tinham aplicado no GES rondava um milhão de euros.

O ministro da Economia, Pires de Lima, ‘safou-se’ das perdas uma vez que quando entrou para o Governo, em julho de 2013, deu ordem aos seus bancos para “alienar todos os títulos de ações portuguesas”.

 

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