Economist revê em baixa crescimento de Angola para 4,8%
A Economist Intelligence Unit reviu em baixa a previsão de crescimento de Angola, de 5,5% para 4,8%, e afirma ainda que a produção de petróleo não chegará aos 2 milhões de barris por dia, no próximo ano.
© DR
Economia Notícias
De acordo com a atualização de outubro do 'Country Report', a que a Lusa teve acesso, os analisas da unidade de análise económica da revista The Economist, a revisão em baixa do crescimento da economia é justificada com uma descida da despesa pública, uma previsível descida nos preços do petróleo no próximo ano e um aumento abaixo do esperado na produção petrolífera.
"Prevemos agora que a produção chegue aos 1,85 milhões de barris por dia em 2015, em baixa face à previsão anterior de 2 milhões por dia", lê-se no documento.
Em 2016, o Produto Interno Bruto de Angola deve acelerar para os 5,7%, crescendo para uma média de 6,3% entre 2017 e 2019, "sustentado num consumo privado sólido", de acordo com as últimas projeções desta unidade de análise económica.
No documento, explica-se também que apesar da aceleração no crescimento da economia, Angola tem ainda muitos problemas: "O crescimento vai continuar a alicerçar-se em capital intensivo e dependente das importações, com poucas ligações a áreas da economia que não sejam dominadas pelo governo, como a construção ou as finanças".
O setor não petrolífero, "nomeadamente os transportes, a indústria ligeira, o comércio e os serviços, vão expandir-se rapidamente, mas a falta de reformas e taxa de câmbio sobrevalorizada vão garantir que o ambiente empresarial se mantenha adverso, restringindo o investimento fora do setor da construção e dos hidrocarbonetos".
Os esforços do Executivo para ajudar à criação de pequenas e médias empresas "vai ser dificultado pelo fraco capital humano, regulamentações deficientes, fornecimento de energia ineficiente, altos níveis de corrupção e a intrusão do setor público no investimento privado", acrescenta a atualização que foi enviada aos clientes da EIU esta semana.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com