Empresários pedem menos impostos e mais incentivos
'O que as empresas querem' é o nome de um estudo realizado pelo Expresso/Caixa Geral de Depósitos, em parceria com a Informa D&B, e que concluiu que o sistema fiscal tem vindo a asfixiar as pequenas e médias empresas.
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Economia Estudo
Considerando os custos elevados a que o Estado submete as empresas e os apoios cada vez mais inexistentes, cerca de 52% dos empresários pedem um sistema fiscal ‘simples e claro’ e mais de 70% concordam que os custos de contexto são um entrave aos negócios e a intenção é verem as obrigações fiscais e parafiscais com um custo minimizado. Além de que 49% alertam para a ‘falta de incentivos à criação de empresas’. Estes são os dados retirados do estudo do Expresso/Caixa Geral de Depósitos em parceria com a Informa D&B.
Considerando os dados apurados pela D&B, 2013 foi o ano com o maior número de crescimento de empresas desde 2007.
No entanto, o número de nascimentos “não significa sustentabilidade, porque muitas morrem um ou dois anos após a criação”, revela o ex-ministro da Agricultura, António Serrano, que acrescenta ainda que este aumento “revela uma atitude empreendedora e de resistência dos nossos empresários que continuam a abrir empresas num país pouco favorável à sua criação”.
Mas há que considerar “a escassez de crédito e a falta de recursos financeiros que permitam financiar todos os projetos”, considera o ex-governante em declarações ao Expresso.
Os empresários revelaram ainda uma vontade de que os impostos baixassem (38%), sendo que 49% das empresas consideram que é "fundamentalmente importante" haver mais incentivos. E ainda cerca de 44% dos empresários asseguram que é demasiado lento, caro e burocrático criar uma empresa em Portugal, apesar das alterações feitas nos últimos anos
Ainda assim, muitos não acreditam que a banca possa ser uma solução para incentivar a criação de empresas. “A banca não é o parceiro ideal para financiar novos projetos, pelo elevado nível de risco que uma startup representa. São empresas que não podem dar garantias e, caso o projeto falhe, não existe maneira de recuperar o capital investido”, afirma o ex-secretário de Estado do Empreendedorismo, Carlos Oliveira.
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