SATA prepara-se para abertura do mercado dos Açores
O presidente do da SATA declarou hoje que futuro modelo de transporte aéreo entre o continente e os Açores constitui um "desafio" para a transportadora, mas garantiu que a empresa está a preparar-se para operar em "clima concorrencial".
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Economia Transportadoras
"O novo modelo, felizmente, é um estímulo e um desafio, uma provocação para a mudança e para a melhoria", declarou Luís Parreirão, no âmbito do II Fórum do Turismo, promovido pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada.
O responsável pela SATA considera que a companhia aérea tem a "obrigação de se adaptar e transformar para responder a estas novas preocupações", dizendo que a empresa está a preparar-se para viver um "clima concorrencial".
O grupo açoriano vai apostar no produto que "entender formatar" para o segmento de clientes que pretende servir, privilegiando uma "maior proximidade e interação" com o mercado, oferecendo "maior diversidade de opções", assegurou.
Luís Parreirão afirmou que o grupo não existe sem uma "base sólida" nos Açores e que tem um "discurso de responsabilidade", reconhecendo, contudo, que os últimos tempos "não têm sido fáceis".
Apesar de todas as dificuldades, em 2014 a empresa pagou 50 milhões de euros de salários, empregou 1.400 pessoas, mil das quais na região, deixou nos Açores 30 milhões em impostos e transportou, em 2013, 1,2 milhões de pessoas, sublinhou.
Luís Parreirão destacou ainda a importância que o grupo tem vindo a assumir para o turismo dos Açores, manifestando a sua disponibilidade para continuar a apoiar o setor.
O presidente do conselho de administração do grupo SATA disse ainda que a procura do transporte aéreo global caiu, desde 2010, 7% nas futuras rotas liberalizadas e 5% nas não liberalizadas, para questionar se "o que está em causa quando se fala do mercado turístico e da captação de turistas é a tarifa aérea ou o PIB e a sua relação com a disponibilidade de meios de cada cidadão".
António Monteiro, porta-voz da TAP, declarou, por seu turno, que a transportadora aérea nacional esteve de acordo com a liberalização do mercado da Madeira e está de acordo com a opção tomada para os Açores porque, frisou, "este é o seu modelo também".
"A ideia que ainda há em alguns meios que a TAP tem monopólios e que estava feliz com eles não corresponde à verdade", declarou.
António Monteiro afirmou já não ser "bem assim" que as 'low cost' sejam sinónimo de tarifas mais baratas e as companhias tradicionais mais caras, não fazendo "muito sentido", em termos de "modelo de mercado", falar em situações distintas, porque "os modelos estão a aproximar-se".
Procedendo a uma analogia com o que aconteceu no mercado madeirense após a liberalização do transporte aéreo, lembrou que esta opção fez com que no inverno não haja ligações com Porto Santo, com consequências para as unidades de turismo e para a economia local.
Os governos dos Açores e da República acordaram um novo modelo de ligações aéreas para a região, que foi anunciado em julho, que prevê a liberalização total das rotas entre o continente e duas ilhas e uma tarifa máxima para todos os residentes no arquipélago de 134 euros nestas mesmas ligações.
A expetativa do executivo açoriano é que o novo modelo esteja em vigor no início da época alta de 2015 (a partir de março), depois de receber luz verde da Comissão Europeia e de o Governo da República aprovar os diplomas necessários em Conselho de Ministros, o que ainda não aconteceu.
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