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UGT contra privatização da água ou gestão por privados

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, garantiu hoje, em Coimbra, que a central sindical não está de acordo, nem nunca estará, com a privatização do setor da água ou a sua gestão por privados.

UGT contra privatização da água ou gestão por privados
Notícias ao Minuto

18:40 - 23/10/14 por Lusa

Economia Carlos Silva

"Não estamos de acordo nem nunca estaremos, enquanto parceiro social, que a água seja alguma vez privatizada ou gerida exclusivamente por privados", afirmou Carlos Silva, que falava esta tarde num hotel de Coimbra, na conferência internacional 'Os consumidores face aos serviços públicos essenciais', promovida pela União Geral de Consumidores (UGC).

A privatização ou gestão da água por privados significaria "pôr em causa a utilização de um benefício que, para quem acredita, foi Deus que nos deu, para quem não acredita em Deus, é um benefício da Terra", sustentou o dirigente sindical.

"A água é de todos e não é de ninguém em particular, portanto [terá de ser] sempre gerida a bem do consumidor, a bem do cidadão, esteja ele em Figueiró dos Vinhos, como eu, ou nas cidades de Lisboa ou do Porto", sublinhou.

É nesta perspetiva que se explica a criação, em 1991, da UGC, explicou Carlos Silva, considerando que, tal como a água, também a energia, as telecomunicações, a saúde e a educação são bens comuns e serviços públicos que têm de ser defendidos.

"Quando esses direitos nos são sonegados, temos de lutar por eles" e é para isso que existem organizações como os sindicatos ou a UGC, que, recordou, "faz parte do universo da UGT".

Os trabalhadores têm deveres, como o de pagarem impostos - definidos sem que "ninguém lhes tenha pedido autorização" -, mas também têm direitos, como o "usufruto dos serviços públicos, dos serviços sociais, de saúde e de educação", sustentou Carlos Silva.

É para usufruírem desses "direitos e para terem direito a serviços públicos de qualidade" que os trabalhadores, os cidadãos, pagam impostos, salientou o líder da UGT, referindo que Portugal é "o país que tem a carga fiscal mais elevada da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico]".

"Reclamar é um direito, não é um abuso de direito", defendeu Carlos Silva, exortando os cidadãos a não terem "medo de reclamar os seus direitos" e a "protestarem" sempre que estes estiverem em causa.

Na conferência, que decorre até ao final da tarde de hoje, participam, designadamente, o presidente da UGC, Viriato Baptista, o representante em Portugal da Fundação Friedrich Ebert, a vice-presidente da Câmara de Coimbra, o coordenador da Comissão Sindical do Sindicato de Serviços VERDI (sindicato alemão do setor de serviços), Ana Catarina Fonseca, da Direção-Geral do Consumidor, e Eugénia Alves, assessora da Direção de Mercados e Consumidores (ERSE).

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