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BdP pediu a Vítor Bento que salvasse o BES em dois dias

O Banco de Portugal terá tido conhecimento da crise no BES antes do anúncio dos resultados catastróficos que ditaram a queda do banco. Porém, conhecidos os prejuízos que iam ser apresentados, Carlos Costa terá dado a Vítor Bento, que ocupava a cadeira que hoje é de Stock da Cunha, dois dias para salvar a instituição, escreve o Diário Económico. Esta informação não foi comunicada à CMVM que, provavelmente, teria impedido a continuação das ações do banco em bolsa.

BdP pediu a Vítor Bento que salvasse o BES em dois dias
Notícias ao Minuto

07:51 - 23/10/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Cartas

Vítor Bento foi incumbido de apresentar os resultados financeiros da gestão de Ricardo Salgado. A situação, quando o economista entrou no BES, já se sabia, não era a melhor. Porém, escreve esta quinta-feira o Diário Económico, os resultados do primeiro-semestre terão sido primeiramente comunicados ao Banco de Portugal (BdP), a 27 de julho, três dias antes da sua apresentação oficial.

Confrontado com as contas e com o buraco no BES, Carlos Costa, governador do BdP, a 29 de julho, terá feito um ultimato a Bento: ou apresentava um plano de reestruturação em 48h ou o regulador central português seria forçado a intervir. A ideia de Costa era perceber se o recém líder da instituição conseguiria assegurar, a muito curto prazo, um reforço de capital que evitasse a queda de um dos maiores bancos portugueses.

Porém, neste processo, segundo o Económico, a CMVM não terá sido tida nem achada, ficando à margem deste episódio que prenunciava já a queda do BES. Este dado reveste-se de importância, pois caso Carlos Tavares tivesse tomado conhecimento destes factos, a negociação das ações do banco poderia ter sido imediatamente suspensa, o que a ter acontecido se teria verificado logo a 29 de julho.

Na véspera da apresentação dos resultados, que aconteceu a 30 de julho, o BES perdeu 10% em bolsa, sendo que entre os dias 28 de julho e 1 de agosto, a sangria bolsista foi tal que as ações do banco desvalorizaram 72%, fechando a valer 12 cêntimos.

A questão central acaba por ser esta. Um dos argumentos para intervencionar o banco foi o da queda do seu valor bolsista. Porém, esteve em cima da mesa a possibilidade de ter existido fuga de informação para o mercado da situação e planos para o banco, o que teria levado os investidores a vender os títulos que detinham antes de este ser ‘encerrado’.

Sobeja a ideia de que Carlos Costa, caso tivesse comunicado à CMVM toda a informação que tinha em seu poder, poderia ter evitado o desfecho que todos conhecemos.

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