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Preço do petróleo vai manter-se a longo prazo acima dos 80 dólares

Os preços do barril de petróleo podem facilmente descer até aos 70 dólares, mas a longo prazo devem manter-se acima dos 80 dólares devido ao crescimento da procura mundial, considerou hoje a agência de notação financeira Moody's.

Preço do petróleo vai manter-se a longo prazo acima dos 80 dólares
Notícias ao Minuto

13:22 - 21/10/14 por Lusa

Economia Moody's

Num Comentário Especial ao setor do Oil & Gas, a que a Lusa teve acesso, os analistas explicam que "como a procura de petróleo vai continuar a crescer, a recente queda abrupta do preço do petróleo não deve ser seguido de uma forte descida no preço a longo prazo".

De acordo com a análise, com o título 'Empresas de Perfuração e Serviços são as mais vulneráveis à queda dos preços do petróleo", a recente descida dos preços do petróleo, que caíram 25% desde junho e 5% nas últimas duas semanas, deve-se ao aumento da produção nos Estados Unidos, ao fortalecimento do dólar e à posição da Arábia Saudita, o maior produtor mundial.

"Não é de todo um choque que os preços do petróleo tenham caído por causa do aumento da oferta", diz Steve Wood, diretor executivo da Moody's, reconhecendo, ainda assim, que "a forte queda da última semana foi surpreendente e pode ser atribuída às expetativas de menor crescimento da procura na China e na Europa e, ao mesmo tempo, ao facto de a Arábia Saudita ter ameaçado defender a queota de mercado em vez de agir como o 'produtor fiel da balança' da OPEP e do mundo".

Ao contrário de outras situações em que a produção supera as necessidades, desta vez alguns dos maiores produtores, como a Arábia Saudita, resolveram baixar os preços em vez de reduzir a produção, numa luta explícita pelo aumento da quota de mercado, principalmente na Ásia, e num contexto de mudança de paradigma no setor petrolífero.

Os Estados Unidos aumentaram a sua produção por via do petróleo de xisto, chegando praticamente ao nível da Arábia Saudita, o maior produtor mundial, e por causa disso reduziram as importações, nomeadamente de África, fazendo os produtores locais nomeadamente Angola e Nigéria, 'virarem-se' para a Ásia.

Só que também na Ásia, como na Europa, a procura está a abrandar, ao contrário da produção, que continua a subir, e por isso as notícias sobre descontos 'por baixo da mesa' sucedem-se na imprensa financeira internacional, que dá conta de uma guerra mais ou menos explícita pelo aumento da quota de mercado dos maiores produtores mundiais.

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