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"Governo incentiva natalidade, mas corta abonos de família"

O professor do ISCAL Vasco Valdez criticou hoje o Governo por incentivar o aumento da natalidade através da reforma do IRS, depois de ter cortado 550.000 abonos de família, um apoio direcionado para famílias mais necessitadas.

"Governo incentiva natalidade, mas corta abonos de família"
Notícias ao Minuto

13:49 - 17/10/14 por Lusa

Economia Vasco Valdez

"Este Governo propõe fazer um incentivo à natalidade através da via fiscal ao mesmo tempo que cortou 550.000 abonos de família, que podem ser um apoio direto às famílias mais necessitadas", criticou Vasco Valdez.

Para o professor do Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL), um incentivo à natalidade via IRS "é mais neutro e abstrato", ou seja, "tanto beneficia ricos como pobres".

Vasco Valdez falava numa conferência, que decorreu hoje na Universidade Católica, em Lisboa, organizada pela consultora PricewaterhouceCoopers (PwC) sobre o Orçamento do Estado para 2015 e sobre as alterações fiscais também propostas pelo Governo.

Por outro lado, o docente do ISCAL defendeu que esta "política da família fiscal" fosse substituída por "apoios ativos" às famílias, como abonos, que, recordou, foram "eliminados e limitados neste Orçamento do Estado".

A reforma do IRS apresentada pelo Governo vai tendencialmente beneficiar as famílias com mais filhos, através da introdução de uma ponderação de 0,3 pontos por cada descendente e ascendente no cálculo do rendimento coletável, o chamado quociente familiar.

Mas para Vasco Valdez, "a questão que se coloca quanto ao IRS tem a ver com as medidas extraordinárias que lhe foram colocadas", como a sobretaxa de 3,5%.

"Deveríamos ter começado por reverter essa anormalidade", defendeu.

O professor disse ainda que a fixação para 2016 da eventual devolução da receita amealhada através da sobretaxa de IRS "levanta a hipótese de que pode ficar para todo o tempo".

"Este Governo que empurra para o próximo Governo a responsabilidade da devolução de receitas não assume nenhum compromisso para acabar com a sobretaxa", afirmou.

Segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2015, entregue à Assembleia da República na quarta-feira, o Governo mantém a sobretaxa de 3,5% em sede de IRS no próximo ano e introduz um crédito fiscal que poderá "desagravar parcial ou totalmente" o imposto pago, mas só se as receitas efetivas de IVA e de IRS forem superiores às estimadas.

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