Ligação do BES com Angola terá direito a processo próprio
Os problemas identificados na relação do Banco Espírito Santo com a sua subsidiária em Angola dará lugar a um processo próprio, noticia o Jornal de Negócios. De acordo com esta publicação, o Banco de Portugal quer assim evitar que o caso se transforme num mega processo difícil de gerir.
© Reuters
Economia Banco de Portugal
Quando o BES caiu, no início de agosto, sabia-se já que existiam no BES Angola várias irregularidades. De Luanda vinham notícias de um buraco financeiro na ordem dos quatro mil milhões de euros.
Esta terça-feira, escreve o Jornal de Negócios que o Banco de Portugal avançará para este caso de uma forma individual, tentando apurar os responsáveis pelos ilícitos verificados neste processo.
Depois de vários meses de investigação, a entidade chefiada por Carlos Costa preferiu adotar esta postura na tentativa de evitar que o caso BES se torne num mega processo, difícil de gerir e, por isso, difícil de julgar.
Em causa está, na maioria das irregularidades detetadas, a forma como várias responsabilidades financeiras que pertenciam a holdings do GES foi transposta para a realidade do banco e cujo reconhecimento gerou perdas na ordem dos 3,6 mil milhões, anunciadas em assembleia a 30 de junho.
Além disto, o banco então liderado por Ricardo Salgado terá violado várias determinações do Banco de Portugal, como a proibição expressa de exposição direta e indireta, através de clientes e instrumentos fora do balanço, mas também o desrespeito por regras prudenciais e de boa gestão.
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