Comunicação no caso BES entre Governo e Bruxelas investigada

Carlos Costa foi esta quarta-feira ao Parlamento esclarecer os deputados sobre o episódio que levou à separação do Banco Espírito Santo em duas entidades. Mas nem todas as dúvidas parecem ter sido dissipadas. Segundo escreve esta quinta-feira o Diário Económico, a CMVM vai investigar agora as mensagens trocadas entre o Governo e Bruxelas, para verificar se houve ?insider trading?.

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Notícias Ao Minuto
09/10/2014 08:50 ‧ 09/10/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

CMVM

O caso BES continua a fazer manchete nos jornais. Neste caso, reporta o Diário Económico, que a CMVM vai investigar a troca de comunicações entre o Governo português e Bruxelas para averiguar se houve ‘insider trading’.

Em causa está a necessidade de apurar se na troca de mensagens entre as duas partes já se antevia a queda do Banco, permitindo aos investidores vender muitos dos títulos que detinham no BES, antes da venda de ações ser suspensa, recuperando assim parte dos seus investimentos.

A situação que gerou a abertura deste processo prende-se com o facto de a 30 de julho, quarta-feira, dois dias antes da suspensão da venda de ações do banco até há pouco liderado por Ricardo Salgado, ter sido divulgado pelo site da Direção Geral da Concorrência da União Europeia que seriam utilizados capitais públicos para a resolução do BES.

Esta data coincide também com o dia em que foram apresentados os prejuízos semestrais da entidade financeira, que ascenderam a 3,6 mil milhões e levaram à queda do banco. Este facto ganha ainda maior relevância porque a versão oficial dos acontecimentos narra que a decisão de resolução foi tomada apenas no dia 1 de agosto, sexta-feira, e tornada pública apenas dois dias depois, a 3 de agosto.

É que caso a decisão tivesse sido tomada anteriormente esta teria de ser comunicada ao mercado, o que levaria, explica o Económico, que as ações do BES seriam suspensas logo de imediato. Relembre-se que entre 30 de julho e 1 de agosto os títulos do banco desvalorizaram 65%.

Agora, suspeita a CMVM que possa ter havido uma fuga de informação relativa à intervenção estatal que estaria a ser preparada entre Lisboa, Bruxelas e Frankfurt.

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