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Cavaco diz que energia é "o ponto fraco da Europa"

O Presidente da República apontou hoje a energia como "o ponto fraco da Europa", sustentando que a crise na Ucrânia mostrou a premência da diversificação de fornecedores.

Cavaco diz que energia é "o ponto fraco da Europa"
Notícias ao Minuto

12:58 - 30/09/14 por Lusa

Economia Presidentes

"A energia é o ponto fraco da Europa", sublinhou o Presidente da República português, Aníbal Cavaco Silva, na primeira intervenção da conferência de imprensa conjunta dos nove chefes de Estado que integram o Grupo de Arraiolos.

Antes de passar a palavra aos seus homólogos, Cavaco Silva fez um breve balanço dos temas tratados no 10.º encontro do Grupo de Arraiolos, que decorreu entre segunda-feira e hoje no Mosteiro de Tibães, em Braga, sublinhando que se tratou de uma reunião de "grande utilidade", que permitiu discutir pontos de vista fundamentais e trazer para o debate uma mais valia de pontos de vista.

Relativamente ao tema da primeira sessão de trabalho - energia - Cavaco Silva notou que se trata de uma questão central para a Europa e também o seu "ponto fraco".

Constatando que a crise na Ucrânia mostrou a premência da diversificação dos fornecedores, dada a forte dependência energética da Europa em relação à Rússia.

"Se tivéssemos mais e melhores interconexões, a Península Ibérica poderia fornecer até 40 por cento do gás que chega hoje à Europa proveniente da Rússia", defendeu.

Quanto à imigração - o tema da segunda sessão de trabalho - o chefe de Estado português referiu-se às "imagens chocantes de naufrágios de embarcações" com pessoas vindas da Líbia, Síria, Iraque ou Sudão, considerando que ninguém pode ficar indiferente à questão.

"É uma responsabilidade de todos os estados membros", enfatizou, recusando que seja encarado como um problema que diz respeito apenas aos países diretamente envolvidos.

Sobre a terceira e última sessão de trabalho, Cavaco Silva frisou a importância da investigação e inovação, considerando que são "essenciais para a criação de emprego".

O chefe de Estado português aproveitou ainda para registar "com muita satisfação" a atribuição da pasta da Investigação, Ciência e Inovação ao comissário português indigitado por Portugal para a futura Comissão Europeia - e que teve esta manhã a sua audição perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas.

No período de perguntas dos jornalistas, Cavaco Silva retomou a questão da energia, insistindo na necessidade da diversificação das fontes energéticas.

A este propósito, o chefe de Estado português sustentou que "a península ibérica pode dar o seu contributo na medida em que há uma ligação por ´pipeline´ vinda da Argélia e existem terminais em Sines, mas também em vários portos espanhóis preparados para receberem gás vindo da Nigéria, do Qatar" e, talvez no futuro, de Moçambique.

"É fundamental construir melhores interconexões, a Península Ibérica está mal conectada neste domínio energético com as redes europeias", insistiu, considerando "demasiado perigoso depender nesta escala tão elevada em matéria energética de um só país".

O Presidente da República foi ainda questionado sobre a possibilidade das eleições legislativas de 2015 serem antecipadas, para não coincidirem com a apresentação do Orçamento do Estado, mas Cavaco Silva escusou-se a responder, alegando que no encontro do Grupo de Arraiolos não foram discutidas questões de política interna de cada país.

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