Clientes continuam com 1.400 milhões de euros bloqueados
São cerca de 1.400 milhões de euros bloqueados aos clientes a retalho do Novo Banco que investiram em produtos comercializados pelo BES e apresentados como capital garantido. Eduardo Stock da Cunha pretende arranjar uma solução o mais rápido possível para reaver o dinheiro investido pelos clientes, noticia o Jornal de Negócios.
© Reuters
Economia Novo Banco
Os clientes do Novo Banco ainda têm mais de 1.400 milhões de euros bloqueados, devido a aplicações em produtos comercializados pelo BES e apresentados como sendo de capital garantido.
Deste valor fala-se de investimentos em veículos que aplicavam os recursos dos clientes em ações preferenciais do BES e contratos de gestão de carteiras que o banco usou para comprar as suas obrigações e instrumentos financeiros do Grupo Espírito Santo (GES).
Uma das prioridades do atual gestor, Eduardo Stock da Cunha, é arranjar uma solução para reaver o dinheiro investido pelos clientes.
A equipa já está a trabalhar com o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nas propostas comerciais a apresentar aos clientes para desbloquear as suas poupanças, mas que ao mesmo tempo salvaguarde a liquidez do banco.
Uma das hipóteses é converter estas aplicações em depósitos a prazo e desde segunda-feira que os clientes a retalho estão a ouvir esta solução.
Estes clientes investiram em obrigações de muito longo prazo do BES, mas que a instituição se comprometeu a recomprar no curto prazo. Este foi um esquema de autofinanciamento que só foi conhecido após a saída de Ricardo Salgado.
São cerca de 800 milhões de euros em dívida oculta do BES que já começaram a ser desbloqueados. Um montante que somado aos investimentos que continuam congelados eleva para mais de 2.200 milhões as poupanças do BES que estão bloqueadas desde o colapso do banco.
O Novo Banco também permanece em negociações para o reembolso das aplicações em papel comercial emitido por empresas do GES realizadas por clientes de retalho do banco.
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