O Novo Banco vai lançar, ainda hoje, uma campanha dirigida aos clientes que investiram em obrigações do BES com contratos de recompra.
Escreve o Diário Económico que esta campanha é dirigida aos clientes que subescreveram obrigações não subordinadas do BES através de operações sobre títulos ou em séries comerciais.
Assim, a entidade bancária liderada por Stock da Cunha vai apresentar duas propostas.
Se o cliente decidir vender as obrigações e o resultado não lhe permitir recuperar o montante contratado inicialmente, o Novo Banco sugere que o valor arrecadado seja colocado num depósito a três anos. A taxa de juro começa nos 2% no primeiro ano e alcançará os 4,25% no último ano. O cliente terá de se comprometer a não mexer no dinheiro no primeiro ano, caso o faça sofrerá a penalização de juros. Após o primeiro ano, o cliente é livre para movimentar o montante em causa.
Ao mesmo tempo, o Novo Banco irá constituir, a favor do cliente, um depósito com 75% do diferencial entre o valor a que as obrigações foram vendidas e o capital e remunerações acordados (com o BES) para a sua recompra. O montante deste depósito é assegurado pelo banco e a taxa de juro oferecida é de 4,25%. Mais uma vez, o cliente só poderá movimentar o dinheiro ao fim de um ano, caso contrário será penalizado com juros.
Esta foi a estratégia encontrada pelo Novo Banco para minimizar possíveis saídas de clientes do banco, mas também para manter uma base de poupanças superior.
No entanto, o cliente continua a ter liberdade para ficar com o montante resultante da venda, não aderindo a nenhum destes incentivos.