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Desemprego e pouco crédito condicionam a recuperação económica

O presidente do BCE voltou hoje a afirmar que a recuperação da economia da zona euro está a "perder impulso" e que o elevado desemprego e o fraco crescimento do crédito põem em causa a retoma.

Desemprego e pouco crédito condicionam a recuperação económica
Notícias ao Minuto

16:52 - 22/09/14 por Lusa

Economia Draghi

Mario Draghi, que esteve hoje a ser hoje ouvido na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas, disse perante os eurodeputados que a "recuperação económica zona euro está a perder impulso", uma vez que o crescimento "desapareceu no segundo trimestre", depois de períodos recentes de "uma certa expansão".

Draghi admitiu que os indicadores económicos recebidos no verão ficaram aquém do que era esperado e que o fraco crescimento do crédito e a continuidade do desemprego elevado "põem em causa o crescimento". Além disso, acrescentou, as tensões geopolíticas não ajudam à recuperação económica ao baixarem a confiança, tanto de investidores como de consumidores.

Sobre a inflação, que em agosto ficou nos 0,4% na zona euro, Draghi afirmou que o BCE espera que se mantenha baixa nos próximos meses "antes de aumentar gradualmente ao longo de 2015 e 2016", e garantiu que a instituição continua disposta a fazer o que for necessário para evitar o risco de deflação.

"Estamos dispostos usar os instrumentos não convencionais dentro do nosso mandato e a mudar a composição das nossas intervenções, se necessário", declarou.

Draghi voltou ainda a falar da "necessidade de reformas estruturais", mas a maior parte das suas respostas aos eurodeputados foram sobre as medidas de estímulo monetário que o BCE está a tomar, sobretudo o programa de compra de ativos de larga escala.

Vários eurodeputados questionaram o presidente do BCE sobre os riscos para o balanço do banco central deste programa, com Mario Draghi a garantir que estão controlados, já que Frankfurt apenas vai aceitar títulos "transparentes e simples" e com baixo nível de incumprimento.

A titularização permite a um banco transacionar os créditos que concedeu através do seu agrupamento em títulos negociáveis no mercado. O objetivo do BCE é que, ao comprar esses títulos, dê folga ao balanço das instituições bancárias encorajando-as assim a concederem mais crédito. Esta estratégica do BCE tem sido muito criticada pelo banco central alemão (Bundesbank).

Sobre os riscos de este programa criar uma nova bolha imobiliária, Draghi considerou improvável que os bancos aproveitem a folga nos seus balanços para darem sobretudo crédito à habitação em vez de financiarem as empresas.

Já sobre a linha de financiamento a quatro anos, através da qual o BCE empresta dinheiro aos bancos que obrigatoriamente tem de ser usado para crédito a empresas e famílias, Draghi disse que os 82,6 mil milhões de euros emprestados a 255 bancos da zona euro (muito abaixo do montante disponível) estão em linha com o "previsto, baseado no comportamento dos bancos nos programas anteriores".

O BCE ainda vai realizar um financiamento em condições semelhantes em dezembro. Nestas operações, os bancos podem pedir emprestado um máximo de 7% dos seus empréstimos a empresas e famílias, excluídas as hipotecas.

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