Diretor-geral adjunto do FMI inicia visita a Angola
O diretor-geral adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI), Naoyuki Shinohara, inicia hoje reuniões de trabalho com as autoridades de Angola para reforço da cooperação, anunciou fonte do executivo angolano.
© Reuters
Economia Naoyuki Shinohara
Do programa da visita a Luanda, que decorre até terça-feira, constam reuniões do diretor-geral adjunto do FMI com o ministro das Finanças angolano, Armando Manuel, e com o governador do Banco Nacional de Angola, José Massano, além de empresários e outros representantes.
Na terça-feira, Naoyuki Shinohara deverá ser recebido pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de acordo com o programa oficial da visita, a que a Lusa teve igualmente acesso.
Esta visita acontece pouco mais de uma semana depois de o FMI ter divulgado uma previsão apontando que Angola deverá registar um défice de quatro por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, um saldo negativo pela primeira vez em cinco anos.
De acordo com a informação divulgada por aquela instituição internacional, que em julho esteve representada em Luanda para regulares avaliações à evolução da economia angolana, a queda de 14% nas receitas do petróleo, entre janeiro e maio, explica esta previsão.
A instituição conclui que o saldo positivo das contas angolanas dos últimos quatro anos se venha a "deteriorar substancialmente em 2014", atingindo um défice à volta de 4% do PIB.
Também depois de um "forte crescimento" da economia em 2013, de cerca de 6,8%, o FMI assinala agora que a projeção para 2014 aponta para um crescimento de 3,9% - após revisão -, devido ao declínio da produção de petróleo.
Apesar deste cenário, o FMI reconhece um "forte avanço" em termos de reformas estruturais no país - o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana -, mantendo uma "perspetiva favorável" para o desenvolvimento económico angolano a médio prazo.
Depois das quebras deste ano, o Fundo prevê um crescimento médio na produção de petróleo de cerca 2,5% ao longo dos próximos anos, face à entrada em operação de novos campos.
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