Sabe o jornal SOL que a equipa mista – que inclui procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, elementos da Polícia Judiciária e da Inspeção Tributária – já abriu três inquéritos.
Dois dizem respeito a situações de branqueamento de capitais que terão ocorrido quando o Banco de Portugal ‘desenhou’ a solução para o BES, dividindo-o em banco bom e banco mau.
O terceiro inquérito está relacionado com a Eurofin e sua relação com BES, estando a ser investigados possíveis crimes de falsificação de documentos e fraude fiscal.
Segundo a mesma publicação, o aumento de capital feito no BES, em maio, serviu para ‘tapar’ buracos financeiros do GES. Este aumento de capital iludiu assim novos acionistas e investidores que acreditaram que o reforço tinha efeitos de solvabilidade.
E mais. Sabe o jornal SOL que foram vendidos, de forma fictícia, dívida e títulos do GES, tendo sido comprados, na sua maioria, por emigrantes portugueses. Tudo através do Banque Privée Espírito Santo que ficava oficialmente com o lucro para si, mas que, na verdade, ‘enviava’ o dinheiro para o GES, que, por sua vez, o utilizava para ‘tapar buracos’.
Este método terá atingido valores de mais de mil milhões de euros e agora Ricardo Salgado e outros administradores do GES estão sob suspeita também por esta situação.