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"Na inteligência de Salgado não há espaço para boa educação"

O ex-administrador não executivo do BES dá esta sexta-feira uma entrevista ao jornal i na qual assegura que os administradores não executivos são um ?acessório na toilette de uma senhora?, por não terem conhecimento do que realmente se passa num banco. Nuno Godinho de Matos lança ainda farpas a Ricardo Salgado, uma vez que este não lhe dirigiu qualquer palavra desde que rebentou o escândalo no BES: ?Não creio que na inteligência dele possa haver espaço para manifestações de boa educação, atira?

"Na inteligência de Salgado não há espaço para boa educação"
Notícias ao Minuto

09:27 - 05/09/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Godinho de Matos

Nuno Godinho de Melo é um dos administradores não executivos do Banco Espírito Santo que se viu envolvido na crise que determinou o fim do banco liderado durante décadas por Ricardo Salgado.

Em entrevista ao jornal i garantiu que os administradores não executivos “nada têm a ver com a vida diária do banco”, descrevendo estes cargos como meros “verbos de encher” e como “acessórios na toilette de uma senhora”.

Godinho de Melo assegurou que nas reuniões do conselho de administração “não havia perguntas (…) porque jamais alguém as fez”. Razão pela qual, explica, em seis anos nada disse.

“Em seis anos nunca abri a boca. Entrava mudo e saía calado. Bem como todos os restantes administradores”, frisa.

Agora, após o escândalo ter rebentado, tem, a par de tantos outros responsáveis, as contas bloqueadas num valor que ronda os 100 mil euros. A jornalista do i perguntou-lhe se Ricardo Salgado falou consigo e Nuno Godinho de Melo assegurou que não.

“Não creio que na inteligência dele possa haver espaço para manifestações de simples boa educação”, comenta.

O ex-responsável revela ainda que um administrador não executivo recebia “entre 10 a 12 mil euros por ano”, um custo que, garantiu, “é barato”.

Sobre que medidas pensa tomar para reaver o seu dinheiro, Nuno Godinho de Melo indica que escreveu uma carta ao conselho de administração do Banco de Portugal e outra ao presidente do Novo Banco “explicitando a origem do dinheiro que se encontrava depositado no BES e solicitando que [lhe] seja devolvido”.

Desse dinheiro, explicou ainda, 16 mil euros estavam à ordem e cerca de 80 mil a prazo, dos quais 58 mil “resultam da venda de uma casa” que pertencia aos pais, sendo que o resto é “poupança”.

“Estou preparado para distribuir nos tribunais uma ação para discutir a causa”, assegura.

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