Necessidade de resolver "problema real" das pensões
O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, reiterou hoje a necessidade de o país enfrentar o "problema real" do sistema de pensões, apelando a um acordo político alargado para que tal suceda.
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Economia Marques Guedes
"Depois destas recusas sistemáticas do Tribunal Constitucional (TC), só depois de um acordo mais alargado é que haverá condições para avançar na resolução de um problema real, que existe, que o país não pode enfiar a cabeça na areia, que tem a ver com a sustentabilidade do sistema de pensões", disse o governante.
Marques Guedes falava no 'briefing' que se seguiu à reunião de hoje do Conselho de Ministros e no qual o Governo, em particular a ministra das Finanças, apresentou o segundo orçamento retificativo para 2014.
Sobre o sistema de pensões, e depois do 'chumbo' do TC à contribuição de sustentabilidade, Marques Guedes lembrou que o debate sobre a matéria volta ao parlamento na próxima semana, mas lembrou declarações recentes do primeiro-ministro apelando a um entendimento, nomeadamente com o PS, sobre o sistema de pensões.
O primeiro-ministro e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, desafiou a 15 de agosto o PS a firmar uma reforma da Segurança Social antes das eleições de 2015, que tenha também o "contributo dos socialistas".
"Está na altura de dizer ao PS que estamos disponíveis antes das eleições para firmar uma reforma da Segurança Social que tenha o contributo do PS, dado que este é um problema nacional", desafiou Passos Coelho na festa do PSD no Pontal, em Quarteira.
Garantindo que até às eleições legislativas de 2015 o Governo não avançará com mais propostas para a reforma da Segurança Social, Passos Coelho propôs: "Ganhe quem ganhar as eleições, a seguir a 2015 faremos a reforma da Segurança Social que pudermos acordar daqui até às eleições".
No dia seguinte, o secretário-geral do PS, António José Seguro, disse que o "desafio" de Passos Coelho não podia "ser levado a sério", tendo em conta "o momento e a forma como foi feito".
"A resposta é claramente um não ao primeiro-ministro", afirmou António José Seguro, em Sines.
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