Caso o Novo Banco, que resultou da separação do antigo BES, num banco mau e num banco bom, venha a ser vendido por menos do que os 4,9 mil milhões de euros com que foi capitalizado através do Fundo de Resolução, há várias entidades bancárias que podem vir a perder com este negócio, noticia o Jornal de Negócios.
Segundo esta publicação, o banco que potencialmente terá mais a perder é a Caixa Geral de Depósitos, tendo em conta que caso existam prejuízos estes terão de ser suportados integralmente pela banca portuguesa. Isto porque, apesar de ainda não estarem definidas as quotas de participação de cada banco neste negócio, caberá ao banco do Estado a maior parcela, adianta o Jornal de Negócios.
Assim, a Caixa nunca deverá ter menos do que uma participação a variar entre os 27% e os 33%. No pior cenário, caso a instituição de transição criada após o colapso do BES fosse vendida apenas por um valor simbólico, a CGD teria perdas entre os 1,3 mil milhões e os 1,6 mil milhões de euros. De seguida, perderiam também com esta alienação, cerca de 500 milhões de euros, o Santander Totta e o BPI.
Neste particular, confirmando-se o cenário em cima descrito, também o BCP de Nuno Amado poderia vir a perder elevados montantes, isto porque o banco também tem uma elevada participação no Fundo.
Porém, estes valores correspondem apenas à perda máxima que os bancos portugueses poderiam vir a verificar, não sendo expetável que a venda da instituição liderada por Vítor Bento se possa realizar por um valor tão baixo.