"A culpa da crise do BES é mais de uns do que de outros?
Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga, o homem que aceitou liderar o Grupo Espírito Santo em plena crise, é o primeiro da família Espírito Santo a pedir desculpas pela gestão ruinosa que ditou a crise financeira em que se encontra um dos maiores bancos portugueses
© Reuters
Economia Beirão da Veiga
Em entrevista ao Expresso, Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga diz-se surpreendido com o que aconteceu com o BES e pede desculpas aos afetados pela anterior gestão do grupo.
Alegando que não é a si que compete fazer “avaliações específicas em relação ao passado”, Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga diz que ficou surpreendido com a falência do BES mas que há que salientar que “o problema financeiro se situou essencialmente ao nível das holdings”. Ou seja, “verificou-se um desequilíbrio muito significativo da Espírito Santo International que contaminou as sub-holdings para baixo”.
Considerando que a crise foi o resultado “de um afastamento dos valores essenciais do Grupo: rigor, competência e transparência”, o gestor acredita que “faltou capacidade para enfrentar com pragmatismo os desafios que a crise gerou” e faltou “humildade de assumir” as dificuldades.
Porém salienta que “a responsabilidade pode ser de todos, mas a culpa é mais de uns do que de outros” e que “não é compreensível” que a gestão no topo desta instituição fosse feita com tão pouca transparência.
Por tudo isto, e embora não estivesse “ligado à anterior gestão” pede “desculpa pelas insuficiências que nos trouxeram até esta situação”.
“Eu sei que pedir desculpa não resolve, mas não devemos deixar de o fazer”, refere.
Caetano Espírito Santo refere ainda que não tem vergonha no nome que ostenta até porque grande parte da família nunca teve qualquer relação com a actividade do GES.
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