OPA do grupo Ángeles traz estabilidade à Espírito Santo Saúde
O antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, defende que era difícil ?manter a situação de incerteza? que se vivia na Espírito Santo Saúde mas, acrescenta aos microfones da rádio TSF, apesar de a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do grupo Ángeles trazer ?estabilidade à empresa?, ainda ?não é possível dizer se os resultados vão ser bons ou maus?.
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Economia Correia de Campos
Em reação à Oferta Pública de Aquisição (OPA) ontem lançada pelos mexicanos da Ángeles, o ex-governante Correia de Campos admitiu, esta manhã, na antena da rádio TSF, que era difícil manter a “situação de incerteza” que a Espírito Santo Saúde estava a atravessar, por ser detida, através da Espírito Santo Healthcare Investments, em 51%, pela Rioforte.
“Se essa situação [a OPA] traz estabilidade à empresa isso é bom para os portugueses. Agora não me parece que seja possível desde já dizer se os resultados vão ser bons ou maus”, afirma o antigo titular da pasta da Saúde.
Neste sentido cabe ao regulador do setor, considera Correia de Campos, estar atento, porque a concretizar-se o negócio, o grupo Ángeles passará a ter “uma responsabilidade pública muito grande em vários hospitais portugueses”.
“Não se trata de comprar uma empresa em bolsa apenas. Trata-se de comprar uma empresa que tem instituições de saúde privadas de boa qualidade e lucrativas, mas que têm sobretudo uma grande responsabilidade pública”, alertou.
Os mexicanos da Ángeles avançaram esta terça-feira com uma OPA sobre a Espírito Santo Saúde, que tem 51% do seu capital nas mãos da Rioforte (holding do Grupo Espírito Santo (GES) que entrou em insolvência) e que é dona do Hospital da Luz e gere também o Hospital de Loures, em regime de Parceria Público-Privada (PPP).
Caso o processo se concretize, a OPA deverá render ao BES cerca de 210 milhões de euros, uma vez que o valor apresentado por cada um dos 49 milhões de ações se fixou nos 4,30 euros.
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