Estávamos a 25 de julho quando o Banco de Portugal assegurou que a almofada do BES era suficiente, apesar de há semanas se saber da existência de problemas no seio do Grupo Espírito Santo. No entanto, três dias antes de dar a sua garantia, o supervisor foi alertado sobre novas imparidades. O novo ‘buraco’ era estimado em 1,2 mil milhões de euros, conta o Diário Económico.
Portanto, a 22 de julho a especialista em auditoria KPMG e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários informaram a instituição liderada por Carlos Costa da existência de imparidades ainda por quantificar. Três dias depois, a 25 de julho, o regulador já sabia a dimensão do ‘buraco’, tendo esses valores sido confirmados, em reunião, a 28 de julho.
No entanto, realça o Diário Económico que o Banco de Portugal sustentou que só a 30 de julho soube das imparidades adicionais. Todavia, ainda antes do fecho das contas do semestre, a KPMG já teria referido ao regulador a existência de um esquema, algo camuflado, de financiamento ao grupo Espírito Santo.