CGD passa de prejuízo a lucro no primeiro semestre
A Caixa Geral de Depósitos passou, no primeiro semestre de 2014, de prejuízo a um lucro de 130 milhões de euros.
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Economia Balanço
Este resultado significa uma recuperação de 312,6 milhões de euros, derivada de uma evolução favorável dos resultados operacionais, com uma recuperação da margem financeira e uma redução dos custos operacionais.
"Este resultado foi particularmente afetado por dois fatores de sinal contrário: positivamente, pela concretização bem-sucedida da venda da área seguradora e, negativamente, pelo reconhecimento de eventuais perdas associadas à exposição, limitada e originada há vários anos atrás, a entidades diversas de um grupo económico nacional", realçou o presidente do banco público, José de Matos.
Quanto ao último ponto, o líder da CGD referia-se à exposição creditícia da entidade a várias entidades do Grupo Espírito Santo (GES), cujo montante global não foi especificado.
Certo é que a CGD incluiu nos resultados semestrais a instrução do Banco de Portugal relativamente ao provisionamento do crédito concedido às entidades relacionadas com o GES, que acabou por impedir lucros ainda maiores do banco estatal.
Sem a constituição de provisões para suportar eventuais perdas de empresas do GES, o efeito dos proveitos da venda dos seguros seria muito superior.
Também o custo suportado devido à ajuda estatal, através dos instrumentos híbridos convertíveis (CoCo), que ascendeu a 40,1 milhões de euros na primeira metade do ano (taxa de juro de 8,9%) pesou sobre o lucro apurado pela CGD no semestre.
No que toca aos indicadores financeiros, refira-se que a margem financeira alargada cresceu 22% para 509,2 milhões de euros, com o produto da atividade bancária também a evoluir positivamente (4,6%) para 925,3 milhões de euros.
O resultado bruto de exploração aproximou-se dos 300 milhões de euros, um crescimento significativo de 38%.
Já o montante global das provisões e imparidades fixou-se nos 420,9 milhões de euros, uma queda acentuada de 18%.
O total do ativo caiu 13,1% para 100,2 mil milhões de euros, refletindo a venda de 80% da área seguradora à chinesa Fosun International, ao passo que o passivo total baixou 14,2% para 93 mil milhões de euros.
Os capitais próprios reforçaram-se quase 4% para 7,2 mil milhões de euros.
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