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Argentina entrou em incumprimento mas admite-se solução para breve

A Argentina encontra-se novamente desde hoje em incumprimento da sua dívida, apesar de prosseguirem as negociações com os fundos especulativos norte-americanos que conduziram o país à atual situação.

Argentina entrou em incumprimento mas admite-se solução para breve
Notícias ao Minuto

16:12 - 31/07/14 por Lusa

Economia Dívidas

Uma sucessão de acontecimentos culminou na noite de quarta-feira com a decisão da agência de notação Standard and Poor's (S&P) de baixar a nota da Argentina para o patamar de "incumprimento seletivo".

De imediato, o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, anunciou em Nova Iorque que os negociadores argentinos e os representantes dos fundos norte-americanos, designados "abutres" no país das pampas, se tinham separado sem acordo.

"O país entra num território onde é impossível prever o que vai acontecer. Um incumprimento é um incumprimento, mesmo que se se prolongue apenas por uns dias. E será pior, caso se prolongue", referiu em editorial do diário conservador La Nación, de Buenos Aires.

No entanto, assinalou a agência noticiosa AFP, o país não entrou em pânico. Nas televisões, foi a morte do dirigente histórico do futebol argentino, Julio Grondona, que dominou a atualidade durante toda a tarde e noite de quarta-feira.

Mas ao contrário do sucedido em 2001, quando Buenos Aires entrou em incumprimento da totalidade da sua dívida, desta vez trata-se de 539 milhões de dólares (402 milhões de euros), um valor mínimo para um Estado.

No entanto, a Argentina, terceira economia da América latina, não conseguiu pagar esta quantia antes da meia-noite de quinta-feira (05:00 em Lisboa).

Segundo os analistas, uma das primeiras consequências da ausência de pagamento será a impossibilidade de a Argentina se financiar a curto prazo nos mercados internacionais de capitais, de onde está excluída desde a sua falência em 2001.

No entanto, e segundo diversos especialistas, o país latino-americano ainda poderá encontrar um acordo com os seus credores mais determinados.

"Se existir um acordo rápido, o impacto na economia argentina será relativamente limitado", considerou em comunicado o banco francês Natixis.

A Argentina obteve um adiamento de 30 dias, que expirou na quarta-feira, para a entrega de 539 milhões de dólares aos seus credores, que permitiram uma redução de 70% do valor facial da sua dívida após o incumprimento de 2001.

No entanto, um juiz norte-americano, Thomas Griesa, bloqueou este pagamento a ordenar ao Estado argentino que pagasse previamente 1,3 mil milhões de dólares (970 milhões de euros) à NML e Aurelius, dois fundos "abutres" especializados no pagamento de dívidas de risco e detentores de menos de 1% da dívida em causa.

O ministro da Economia argentino rejeitou no entanto que o seu país esteja em situação de incumprimento dos pagamentos.

"O dinheiro existe, se estivéssemos em incumprimento não existiria", referiu, citado pela AFP.

Axel Kicillof atribuiu a responsabilidade desta situação "inédita" ao juiz Griesa.

"A Argentina pagou, tem dinheiro e vai continuar a pagar, O juiz Griesa é o responsável", afirmou numa alusão à deliberação do magistrado.

Também devido ao incumprimento argentino, a bolsa de Nova Iorque denunciou sinais de nervosismo, com o Dow Jones a ceder 0,71% e o Nasdaq 0,84%.

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