CGTP diz que emigração e emprego sazonal justificam recuo no desemprego
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou hoje que os dados do desemprego divulgados pelo Eurostat e que apontam para um recuo são marcados pela emigração, pelo emprego sazonal e pelas pessoas que desapareceram das estatísticas.
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Economia Reação
Arménio Carlos comentava assim em declarações à agência Lusa os dados do Eurostat que indicam que a taxa de desemprego em Portugal recuou para 14,1% em junho, uma descida de duas décimas face a maio e de 2,5 pontos percentuais face a junho de 2013, a maior queda homóloga na União Europeia.
"Seria prematuro e pouco sério associar estes dados do desemprego à evolução da economia ou aos resultados práticos de maior e melhor emprego", contou.
Na opinião do sindicalista, na origem do recuo está a emigração, explicando que, nesta altura do ano, são muitos os portugueses que partem para o estrangeiro para ajudar nas vindimas, apanhar fruta.
"Temos também a situação dos desencorajados, os que não recebem subsídio de desemprego ou outro subsídio e que desaparecem das estatísticas, que deixaram de contar como desempregados", disse.
Arménio Carlos disse ainda que os dados podem também ser explicados com o número de pessoas que estão inseridas em estágios, em processo de emprego de inserção e também com o trabalho sazonal, uma vez que nos meses de verão há mais emprego precário.
De acordo com os dados hoje avançados pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), que dão conta da mais baixa taxa de desemprego na zona euro desde setembro de 2012 (11,5%), Portugal tem sido dos Estados-membros com uma evolução mais positiva. No mês passado apresentou a taxa mais baixa desde novembro de 2011 (altura em que se encontrava nos 14%, vindo depois a subir até um "pico" de 17,8% em abril de 2013).
Na comparação homóloga (com o mesmo período do ano anterior), Portugal apresenta o maior recuo entre todos os Estados-membros da UE, de 16,6 para 14,1%, ou seja, 2,5 pontos percentuais, à frente da Hungria (descida de 2,3 pontos), Irlanda (1,8) e Espanha (1,7).
No corrente ano, o desemprego tem estado, assim, a recuar de forma ininterrupta em Portugal, ainda que de forma moderada (era de 15% em janeiro), mas o país continua a apresentar a quinta taxa mais elevada da União, apenas atrás de Grécia (27,3%, valor de abril), Espanha (24,5%), Croácia (16,3%) e Chipre (15,2%).
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