"Hoje percebe-se melhor" BES não ter recorrido a milhões da troika
Falando esta noite à antena da TVI24, Augusto Santos Silva abordou os prolemas em torno do Grupo Espírito Santo, considerando que se trata de um “problema de grande seriedade”. E acrescentou ainda que "hoje percebe-se melhor" o porquê de o BES não ter recorrido aos milhões que a troika disponibilizou para a banca.
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Economia Augusto Santos Silva
Para Augusto Santos Silva, “a dimensão do problema [no BES] não deve ser desvalorizada”, isto num dia em que se soube que o banco cancelou a sua assembleia-geral, marcada para esta quinta-feira.
Falando na TVI24, no programa ‘Os Porquês da Política’, o ex-ministro sugeriu ainda que “hoje percebe-se melhor por que é que o BES não quis recorrer há ano e meio” aos cerca de seis mil milhões de euros que a troika havia disponibilizado para possível financiamento da banca.
Na perspetiva de Augusto Santos Silva, tal recurso implicaria um conjunto de regras impostas pelas instituições internacionais que compõem a troika, o que “apressaria a divulgação da série imensa de anomalias, erros de gestão, irregularidades e talvez crimes” que poderão ter ocorrido.
Falando sobre os problemas no seio do Grupo Espírito Santo (GES), que têm afetado a imagem do BES, o antigo ministro socialista diz “compreender o cuidado” nas palavras do Governador do Banco de Portugal em tentar afastar as duas instituições. No entanto, considera que o banco privado não está “incólume” e que as dúvidas em torno das holdings do grupo têm "repercussões, que são evidentes, no BES”.
Augusto Santos Silva deixou ainda críticas ao que considera ser “a forma publicitada” como se procedeu à detenção de Ricardo Salgado, argumentando que o ex-líder do BES se disponibilizou para prestar declarações. O ex-ministro especificou que “compete à justiça averiguar” mas que “não precisa de tanto espetáculo”.
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