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BCP melhora resultados e reduz prejuízos para 62 milhões

O Banco Comercial Português (BCP) registou um resultado líquido negativo de 62 milhões de euros entre janeiro e junho, valor que compara com o prejuízo de 488 milhões de euros apurado em igual período de 2013, revelou hoje a entidade.

BCP melhora resultados e reduz prejuízos para 62 milhões
Notícias ao Minuto

18:00 - 28/07/14 por Lusa

Economia 1.º semestre

"O resultado trimestral [entre abril e junho], um prejuízo de 22 milhões de euros, é claramente o melhor trimestre dos últimos dois anos", afirmou Nuno Amado, presidente do BCP, na conferência de imprensa de apresentação das contas.

"É uma evolução muito positiva, olhando para cada trimestre, no caminho que traçámos para desempenharmos o nosso papel na economia", realçou.

O gestor apontou para o significativo contributo das operações internacionais (excluindo a Roménia) para o resultado líquido consolidado, que ascendeu a 99 milhões de euros, mais 13% em termos homólogos.

No primeiro semestre deste ano, o produto bancário do BCP aumentou 40,5% para 1.088,4 milhões de euros, face ao mesmo período de 2013, com a margem financeira a subir 30,5% para 496 milhões de euros.

O banco registou também um aumento nas comissões, ainda que mais ligeiro, de 2,5% para 341,2 milhões de euros, com os outros proveitos operacionais a renderem 251,3 milhões de euros, neste caso quatro vezes mais do que há um ano, graças às alienações de créditos e mais-valia da venda de seguros.

Já os custos operacionais consolidados caíram 3,2% para 576,7 milhões de euros, com os custos com pessoal a reduzirem-se em 3,9% para 323,4 milhões de euros. Em Portugal, a queda nos custos operacionais foi ainda maior, de 6,2% para 351,1 milhões de euros, com o banco a atribuir ao "resultado da implementação do programa de reestruturação iniciado no final e 2012"

O banco fechou ainda o primeiro semestre com uma redução das imparidades do crédito (líquida de recuperações) de 21,6% para 371,6 milhões de euros. As outras imparidades e provisões também se reduziram, neste caso para metade ao fixarem-se em 114 milhões de euros.

Nos depósitos, os recursos de clientes consolidado fecharam praticamente estabilizados ao aumentarem apenas 0,1% para 63.976 milhões de euros, com os depósitos em Portugal a caírem 0,3% para 33.631 face há um ano.

Já o crédito a clientes em Portugal caiu 7,6% para 45.195 milhões de euros, sendo que retirando as anulações e vendas a queda foi de 4,4%. O crédito consolidado também cedeu 4,4%, neste acaso para 58.261 milhões de euros.

O BCP tinha, no fim de junho, um rácio de crédito líquido sobre depósitos de 116%, abaixo dos 120% recomendados.

Quanto aos rácios de solvabilidade, no fim do primeiro semestre, o BCP tinha um rácio de capital 'common equity tier I' de 12,5% de acordo com os critérios da fase transitória para as novas regras de Basileia II e de 9,0% se considerada a sua total implementação.

O financiamento líquido junto do Banco Central Europeu (BCE) reduziu-se para 8,7 mil milhões de euros.

Em junho de 2014, o BCP tinha 8.351 trabalhadores em Portugal, menos 393 que há um ano, enquanto as sucursais reduziram-se em 57 para 740.

O plano de reestruturação que o BCP acordou com Bruxelas, depois de Estado ter injetado dinheiro no banco para o recapitalizar, prevê a redução do número de trabalhadores em Portugal para 7.500 até final de 2017 e o corte de cerca de 135 milhões de euros nos custos com pessoal.

Com vista a evitar despedimentos, no final de 2013, a administração do BCP e os sindicatos chegaram a acordo para um corte temporário dos salários e a saída de trabalhadores por acordo mútuo.

[Notícia atualizada às 19h34]

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