“Temo que o crescimento [da TAP] tenha sido ambicioso de mais, que tenha havido mais olhos que barriga”, destacou Miguel de Sousa Tavares no seu comentário semanal.
No ‘Jornal da Noite’ da SIC, o escritor frisa que “está-se a desencadear alguma coisa de muito perturbador” na transportadora portuguesa, uma vez que os “esforços de décadas podem ser deitadas a perder em dois meses”.
“Foi difícil por a TAP operacional e tirá-la do vermelho”, destacou Sousa Tavares que lembrou ainda que, tal como os bancos, a companhia aérea portuguesa “depende da confiança dos consumidores”.
Sousa Tavares afirmou também considerar que “ainda bem” que a TAP não foi privatizada, pois teria sido “um desastre”, contudo, não deixou de criticar a falta de investimento do Estado na empresa.
“A falta de investimento na TAP não deixa modernizar a frota, faz com que saia muito pessoal essencial. Temos uma empresa que não se renova tecnicamente e perde espaço e imagem ao mesmo tempo que quer crescer sem meios para tal”, frisou o comentador.