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"Como é que o caso Espírito Santo surgiu após três anos de troika?"

O economista e deputado do Partido Socialista, João Galamba, questionou a intervenção do Banco de Portugal no caso do Grupo Espírito Santo e explicou, ao Diário Económico, o que realmente diferencia o BES de todos os outros bancos.

"Como é que o caso Espírito Santo surgiu após três anos de troika?"
Notícias ao Minuto

15:05 - 21/07/14 por Notícias Ao Minuto

Economia João Galamba

“Como é possível que o caso Espírito Santo tenha surgido depois de três anos de troika? Depois de sucessivas rondas de inspeções do Banco de Portugal? E, sobretudo, depois de nos ter sido garantido que, ao contrário de outros países, o sistema financeiro português era sólido e que os seus problemas se deviam mais ao risco do país do que a qualquer problema específico do setor?”, questiona-se o deputado do Partido Socialista, João Galamba, ao Diário Económico.

O deputado refere ainda o que diferencia o BES de todos os outros bancos. “O que torna o seu caso especial e mais complexo, é esta teia de participações cruzadas, onde o Grupo aparece como acionista qualificado de um banco, e o banco, por sua vez, aparece como principal financiador desse mesmo grupo, numa circularidade pouco transparente”.

Relativamente aos processos de recapitalização que o BES fez entre 2012 e 2014, quando foi feito o reforço da solidez e solvabilidade, fragilizando o grupo, que teve de se endividar, Galamba garante que “foi apenas aparente: a recapitalização aumentou os rácios de capital do banco, mas, via grupo, expôs o banco a novos riscos como, uma sobreavaliação da solidez financeira do banco”.

Em jeito de crítica, o economista questiona o porquê do Banco de Portugal ter deixado que “a exposição do BES ao GES, entre 2011 e 2013, aumentasse como aumentou; e, sobretudo, não se percebe porque demorou tanto a resolver o problema da substituição da administração do BES”.

“O principal problema, a meu ver, é mais profundo: o caso BES põe-nos em contacto com os limites e insuficiências do atual modelo de supervisão, sobretudo quando aplicado a estruturas labirínticas e opacas como as do Grupo Espírito Santo”, remata.

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